Futuro da mobilidade: segurança, conectividade e compartilhamento


Por Mariana Czerwonka

O objetivo do evento foi expor um cenário do futuro da mobilidade e também os desafios que serão enfrentados pela indústria, governos e a própria sociedade.

Foto: Divulgação Aberje.

Aconteceu nesta quarta-feira (16), o evento realizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), com a apresentação da General Motors denominado “1º encontro: O papel do comunicador na discussão de políticas públicas de fomento à eletrificação no Brasil”. O objetivo foi expor um cenário do futuro da mobilidade e também os desafios que serão enfrentados pela indústria, governos e a própria sociedade.

O evento teve a abertura de Hamilton dos Santos, diretor geral da Aberje e mediação de Fábio Trindade, CEO da Motorsport Network Brazil.

Com o tema principal circulando em torno da eletrificação dos veículos em circulação, o assunto se expandiu para um debate aprofundado sobre a busca de políticas públicas para uma mobilidade urbana mais sustentável, segura e conectada.

Nelson Silveira, que é diretor de Comunicação Corporativa e Marca da General Motors, apresentou a visão da montadora para o futuro que prevê a produção de veículos baseada em três pilares: zero acidente, zero emissão e zero congestionamento. Para isso, a GM está investindo em tecnologia para veículos autônomos e conectados.

“Acreditamos numa revolução da mobilidade e o desenho para este futuro, que não está distante, mostra grandes metrópoles com ruas mais estreitas. Além de veículos elétricos e totalmente autônomos, com mais espaço para ciclistas e pedestres”, explicou.

A mobilidade para os mais vulneráveis

Clarisse Cunha Linke, mestre em Políticas Sociais, ONGs e Desenvolvimento pela London School of Economics and Political Science (LSE) e atua no ITDP Brasil como diretora executiva trouxe à tona um dos maiores desafios enfrentados pela mobilidade urbana no Brasil, a falta de investimentos em transporte público e em infraestrutura de espaços multimodais. Para ela, a busca de políticas públicas para a mobilidade no Brasil passa por um problema estrutural.

“O Brasil mostra um desequilíbrio no espaço social. Por exemplo, a maioria da população faz viagens urbanas de ônibus. É preciso dar mais ênfase a esse tipo de transporte. Ainda temos muito a visão de priorizar o uso de veículos individuais, como os automóveis, em detrimento do transporte coletivo. O espaço devia ser melhor redistribuído para todos. Nesse sentido, precisamos de fato rever o que é mobilidade”, argumenta.

O professor doutor Nivalde Castro do Instituto de Economia da UFRJ Coordenador do GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico – da UFRJ, afirmou que o processo de eletrificação no Brasil veio para ficar. “Esse processo que o mundo está passando é irreversível. É muito positivo ter esse tipo de diálogo para formarmos conhecimento nessa área da tecnologia disruptiva”, conclui.

Sair da versão mobile