A Uber informou o afastamento de 1.600 dos seus motoristas que tinham registros de altas taxas de cancelamento de corridas. Veja!
A Uber, empresa de transportes de passageiros por aplicativo, emitiu recentemente um comunicado informando o afastamento de 1.600 dos seus motoristas que tinham registros de altas taxas de cancelamento de corridas.
Ainda que, de acordo com os termos da empresa, os motoristas, por serem autônomos, podem fazer cancelamentos, a empresa justifica a decisão enfatizando que o uso abusivo do recurso vinha dificultando o funcionamento do serviço. Um exemplo foi um motorista que cancelou 10.051 viagens das 10.473 que foram encaminhadas para ele, no período de 30 dias.
O outro lado da moeda
A Associação dos Motoristas dos Aplicativos de São Paulo – Amasp, entende o corte como uma represália. Isso porque a ruptura do contrato se deu dias depois do primeiro reajuste no valor das corridas pelo aplicativo desde 2015. Além disso, sem aviso prévio. Essa é a avaliação de Eduardo Lima de Souza, presidente da Associação. Ele compara a medida a um processo de demissão em massa, ainda que os motoristas não tenham direitos trabalhistas.
Em sua opinião, o reajuste de 10% no valor das corridas só aconteceu devido ao aumento do número de corridas canceladas pelos motoristas. Já que, segundo ele, os cancelamentos são a única forma de evitar corridas que dão prejuízo.
De acordo com informações da Agência Brasil, dados da Agência Nacional do Petróleo – ANP, apontam que o preço médio da gasolina nas bombas subiu cerca de 63% entre abril de 2016 e setembro último.
Neste contexto, Eduardo propõe aos passageiros que ajudem a fiscalizar a remuneração dos motoristas. Nesse sentido, devem conferir o valor da viagem e quanto o motorista está recebendo logo após o término da corrida.
Se o valor for muito distante, o passageiro pode e deve denunciar a empresa ao Procon, recomenda o presidente da Amasp.