Carros movidos à energia limpa são tendência mundial, e tendem a suplantar o motor à combustão. Veja a diferença entre carro elétrico ou híbrido.
Os carros elétricos surgem na esteira da sustentabilidade, baseados na transformação dos veículos movidos à combustão para veículos movidos à energia elétrica, na tentativa de eliminar ou ao menos diminuir a utilização de combustíveis fósseis, que, ao serem queimados, liberam gases prejudiciais ao meio ambiente.
Embora não se trate de uma tecnologia inovadora, pois já existe na história do carro desde o século XIX, a indústria automotiva não foi capaz de engrenar a ideia do carro elétrico por uma série de motivos. Hoje, a indústria tenta lançar vários modelos no mercado, mas ainda encontra a barreira dos preços altos, devido ao custo de fabricação. E mesmo não sendo ainda acessível para todos os públicos, estima-se que mais de 3 milhões de unidades já estejam em circulação pelo mundo, segundo a EV-Volumes, empresa que faz levantamentos sobre as vendas dos elétricos.
O fato é que elétricos e híbridos despertam a curiosidade do público em diversos aspectos, seja sobre sua autonomia de funcionamento ou mesmo sobre sua potência.
O primeiro modelo de elétrico no Brasil foi desenvolvido pela Gurgel, ainda na década de 70, mas não teve sucesso comercial, devido a uma série de dificuldades. Depois dele, somente em 2012, com o lançamento mundial do Toyota Prius, foi observada uma nova onda de interesse pela tecnologia. Hoje, híbridos e elétricos tentam dividir espaço, mas ainda geram dúvidas.
Afinal, qual a diferença entre elétrico e híbrido e qual tipo se adequa para cada necessidade?
Enquanto o elétrico funciona totalmente via baterias feitas de íons de lítio, ou seja, é integralmente elétrico, devendo o reabastecimento acontecer por uma fonte externa de energia elétrica, os modelos híbridos possuem tanto o motor elétrico como um motor convencional à combustão.
Em alguns modelos híbridos, o motor elétrico apenas auxilia nas partidas, não movendo o veículo. No entanto, em outros casos, pode servir como motor principal, sendo sua bateria recarregada pelo motor à combustão.
Uma central eletrônica tomará a decisão sobre qual motor entrará em funcionamento, com base na necessidade do carro, como mais desempenho ou mais economia. Alguns híbridos já possuem o sistema plug-in para carregamento pela rede elétrica, mas ainda são minoria. Em alguns modelos, é o acionamento dos freios que gera energia para o carregamento da bateria.
A autonomia de um elétrico pode variar entre 200 km e 350 km, a depender do carro. Além disso, da capacidade da bateria e das condições de uso. Geralmente, uma bateria leva 10 horas para carregamento completo em uma tomada comum. Esse tempo, porém, pode diminuir consideravelmente, caso a recarga seja feita em um eletroposto, chegando a menos de uma hora. No entanto, esses estabelecimentos ainda são raros no Brasil. Embora esta e outras desvantagens ainda existam, o cenário dos carros elétricos tende a mudar. Isso porque há uma série de incentivos fiscais propostos para o setor automobilístico e para os interessados em aderir à novidade.
Mas o maior incentivo deve ser a certeza de contribuir com o meio ambiente. Além disso, elétricos e híbridos ainda têm a vantagem de contar com manutenção mais barata que a dos carros convencionais! Apesar de alguns contratempos, como poucos pontos de recarga e baterias descartáveis, o futuro certamente será elétrico. E você pode fazer parte disso, desenvolvendo e projetando componentes, através de um curso de engenharia mecânica EAD.