Se levarmos em conta apenas o valor gasto por km, o carro elétrico é mais vantajoso. No entanto, o motorista precisa avaliar outros fatores. Leia a matéria.
Em tempos de redução de custos, de uso de transporte por aplicativo e da chegada dos carros elétricos, vale uma pergunta. Usar carro elétrico é vantajoso para trabalhar como transporte por aplicativo?
Estima-se que sim, usar carro elétrico é vantajoso para trabalhar como transporte por aplicativo. No entanto, vamos a frente para chegarmos ao entendimento final.
A partir da parceria entre a Mobilize, marca do Renault Group, e a locadora de veículos Zarp Localiza, motoristas parceiros das empresas de transporte por aplicativo que atuam em São Paulo poderão alugar ou, até mesmo comprar, carros elétricos para trabalhar.
Com o acordo, duas opções são oferecidas aos interessados em ter um veículo elétrico: o plano de assinatura de 48 meses ou a compra efetiva do modelo.
Além dos gastos com seguro, revisão e impostos, ainda que em alguns locais do país veículos elétricos sejam isentos de tributos, os interessados pelo plano de assinatura, terão que arcar com o valor de R$ 160.272 que pode ser pago em 48 x de R$ 3.339, enquanto no plano de compra, o valor sai por R$ 146.990.
Combustível x bateria
O consumo do veículo é outro fator importante a ser levado em consideração. O Kwid E-Tech, por exemplo, tem autonomia de 298 quilômetros no perímetro urbano, seguindo a norma adotada pelo Inmetro. Considerando a bateria de 26,8 kWh e o preço médio do kWh de R$ 1,04, o gasto para atingir a autonomia completa do carro é de R$ 27,87 por recarga.
Já o Outsider tem, segundo as normas do Inmetro, um alcance de 524 km. Isso se considerarmos o tanque com capacidade de 38 litros de combustível e a média de 13,8 km por litro no ciclo urbano com gasolina.
Para completar o tanque do Renault Kwid Outsider, o custo é de R$ 191,52. Isso se levarmos em consideração que, entre os dias 4 a 10 de setembro, o preço médio da gasolina foi de R$ 5,04. A informação é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Já o gasto médio por litro é de R$ 0,36.
Pensando que um motorista de aplicativo circula em média, 200 km ao dia, 4 mil km ao mês e 48 mil km ao ano, o proprietário do Renault Kwid E-Tech gastaria cerca de R$ 360 por mês para recarregar o veículo. Nesse sentido, o Renault Kwid Outsider, R$ 1.500 por mês com abastecimento.
Conclusão sobre o uso do carro elétrico para trabalhar como transporte por aplicativo
Se levarmos em conta apenas o valor gasto por km, o Renault elétrico é muito mais vantajoso. No entanto, o motorista precisa avaliar outros fatores. Como, por exemplo, o alto preço de investimento e a demora para garantir a diferença entre o preço que seria pago por um modelo a combustão.
Também é importante considerar a baixa infraestrutura de pontos de recarga públicos e semipúblicos no Brasil. Além disso, o fato de que a compra do veículo elétrico demanda investimento em um wallbox. Este é um sistema de carregamento residencial que custa cerca de R$ 5 mil.