Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

07 de setembro de 2024

Borracha de pneu X borracha de apagar lápis: descubra por que uma não substitui a outra

Da estrada ao papel, entenda como a composição e a função definem a eficácia de diferentes tipos de borracha.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 20/07/2024 às 15h00
Ouvir: 00:00
borracha de pneu
A borracha de pneu não apaga lápis. Foto: Divulgação Dunlop

Você já se perguntou se a borracha de um pneu poderia apagar lápis? Como referência na fabricação de pneus, a Dunlop esclarece que isso não é possível, e o resultado ainda seria uma folha de caderno rasgada ou mais suja.

Diante desta questão, a Dunlop explica as principais diferenças entre a borracha usada em pneus e a borracha tradicional encontrada nos estojos escolares, além do motivo pelo qual a borracha do pneu não pode cumprir essa função.

A fabricação da borracha de apagar lápis envolve a mistura de diversos materiais. Um dos principais é o caulim, que determina o grau de maciez ou abrasividade. Enquanto a borracha das borrachas de apagar é feita para ser relativamente macia e eficaz na remoção do grafite do papel, a borracha dos pneus é projetada para ser extremamente dura e resistente. Ou seja, especialmente na área do talão, a estrutura que fixa o pneu na roda. Um dos ingredientes chave para essa resistência é o carbono, que confere durabilidade e resistência ao pneu.

A borracha escolar pode ser produzida com borracha natural, extraída do látex da seringueira, borracha sintética, derivada do petróleo, ou uma combinação de ambas. Além disso, ingredientes como enxofre e caulim são essenciais. O enxofre é aquecido com a borracha em um processo chamado vulcanização. Ele transforma a borracha de um estado plástico (mole e maleável) para um estado elástico (mais resistente a deformações). O caulim regula a maciez e abrasividade da borracha, uma dosagem precisa é fundamental para que a borracha possa apagar sem rasgar o papel.

No momento de apagar, as partículas de grafite entremeadas nas fibras do papel se ligam às partículas da borracha escolar. O atrito faz com que o grafite se junte aos resíduos da borracha que se soltam, facilitando a remoção do grafite sem danificar o papel. Alguns pequenos pedaços de borracha penetram no papel, suavizando o processo e deixando a folha pronta para novas correções.

Em contraste, a borracha dos pneus é projetada para suportar grandes cargas, calor, atrito e impacto.

Isso se deve a doses mais altas de enxofre na vulcanização e outros aditivos, que aumentam a dureza do material. O carbono, que compõe cerca de um quinto da borracha de um pneu de carro de passeio, é o principal responsável por sua resistência. Além disso, pela cor preta característica dos pneus. Essa mesma característica de resistência é o que tornaria a borracha do pneu incapaz de apagar o grafite. Ela não teria aderência suficiente com o papel e acabaria rasgando a folha antes de conseguir apagar qualquer marca.

Portanto, a borracha dos pneus Dunlop é projetada para ter durabilidade e resistência em condições extremas. E, por isso, não possui as propriedades necessárias para apagar lápis de maneira eficiente. Essa explicação não apenas revela as diferenças fundamentais entre esses dois tipos de borracha. Ela também destaca a importância dos materiais assim como processos específicos envolvidos em sua fabricação para atender às necessidades distintas de cada aplicação.

“Enquanto a borracha dos pneus é projetada para suportar as condições mais extremas de calor, atrito e impacto, a borracha das borrachas escolares é formulada para ser delicada e eficaz na remoção de grafite sem danificar o papel. Essa diferença fundamental na composição e propósito é o que torna impossível usar a borracha de um pneu para apagar lápis,” explica Alex Campos de Melo Rodrigues, gerente de processos da Dunlop Pneus. 

Receba as mais lidas da semana por e-mail

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *