5 tendências da nova era da mobilidade que inserem o usuário no centro do planejamento urbano
Especialista da Quicko cita o que esperar da qualidade do deslocamento apostando em bilhetagem digital e integração de modais.
Transportar-se pelas cidades é um direito social, previsto no artigo 6º da Constituição Federal, assim como a saúde e a educação. O serviço precisa ser oferecido com qualidade e eficiência, inserindo o usuário no centro do planejamento urbano, considerando suas necessidades e bem-estar. Além disso, o desenvolvimento da mobilidade urbana é essencial. Tendo como base o estudo publicado pela Liga Insights Mobilidade, daqui a nove anos, o Brasil terá 225 milhões de habitantes e 90% da população estará concentrada em áreas urbanas. A boa notícia é que estima-se que até 2030, o mercado global de mobilidade crescerá cerca de 75% e atingirá um valor de US$ 26,6 trilhões.
A mobilidade do futuro prioriza pessoas. E, também, leva em consideração serviços e produtos capazes de melhorar suas experiências diárias e o planejamento urbano. Com isso, trazendo modernização ao setor e a consequente evolução dos modais de transporte público.
“Dois exemplos são a digitalização dos meios de pagamento e a abertura de dados. Nada mais é do que tornar públicas as informações prioritárias sobre as linhas de ônibus e metrô, como lotação, condições de uso, entre outras. Tudo isso contribui não somente para a qualidade do deslocamento na cidade, mas também para tornar a gestão do transporte muito mais eficiente”, comenta Luísa Peixoto, gerente de políticas públicas da Quicko e especialista em mobilidade urbana.
É fato que a transformação do setor ainda está por vir. Pensando nisso, a Quicko, ecossistema de mobilidade urbana que fornece informações aos usuários do transporte público, reuniu 5 tendências para o transporte coletivo na nova era da mobilidade urbana.
1. Planejamento urbano
O transporte coletivo da era da nova mobilidade parte do pressuposto de priorizar a experiência do passageiro, sendo mais eficientes e integrados ao ecossistema de mobilidade da cidade. Para isso, é essencial que as cidades tenham planos diretores alinhados com os planejamentos de mobilidade. E, além disso, que priorizem as pessoas, além de maior interação entre a oferta de moradia e a infraestrutura de transporte, como terminais, linhas de metrôs e corredores de ônibus. A ampliação de bicicletários e ciclofaixas para a promoção da mobilidade sustentável e a despriorização do automóvel também são essenciais.
2. Informações em tempo real
Informações em tempo real aumentam a eficiência do sistema de transporte e otimizam as opções de rota para os usuários. No entanto, para que a seja possível informar a localização exata do transporte, mudanças nas rotas, lotação e até mesmo greves e imprevistos do dia a dia, é necessário que os dados do transporte sejam estejam abertos e disponibilizados para a incorporação em aplicativos e sites que levarão essas informações os passageiros. . Portanto, o trabalho conjunto entre governos e empresas é fundamental para promover impactos positivos para toda a população.
3. Integração de diferentes modais
Para aumentar a eficiência e rapidez do deslocamento na cidade, combinar diferentes modos de transporte , sejam eles coletivos e individuais, é uma ótima opção. Principalmente para grandes distâncias, é possível combinar opções de transporte público de alta capacidade (como metrô, trens e corredores de ônibus) com serviços compartilhados individuais ( como bicicletas e motoristas por aplicativo). Em grandes cidades, já é comum ver bicicletários ou estações de bicicletas compartilhadas próximos às estações de metrô ou terminais de ônibus, por exemplo
4. Pagamento digital
Com o intuito de integrar o sistema de transporte como um todo, a inovação do sistema de pagamento e bilhetagem é essencial no planejamento urbano. E, também, devem prever a diversidade de canais de venda e recarga online, e o desbloqueio digital de catracas, feito pelo smartphone. Deste modo, com apenas o celular o usuário pode pagar e acessar o serviço, além de permitir a integração com outros serviços de transporte. A incorporação dos serviços em uma só plataforma, recarga, bilhete eletrônico e desbloqueio de catraca, aumenta a qualidade do serviço percebida pelo passageiro.
5. Cooperação entre governo e setor privado
Para a modernização do sistema de transporte e a entrada na nova era da mobilidade, é necessário que o governo e o setor privado atuem em conjunto. Além disso, ambos em prol do usuário que se desloca pela cidade. Nesse sentido, as políticas públicas e incentivos podem fomentar o surgimento de serviços que melhorem a qualidade de vida nas cidades e o melhor fluxo de pessoas.
Exemplos atuais no Brasil
Prova de que a nova mobilidade está cada vez mais próxima de ser atingida, algumas capitais brasileiras já contam com parte das inovações que compõem a cadeia da nova era da mobilidade. Em São Paulo, por exemplo, o pagamento digital já é possível e aberto a qualquer empresa interessada. Pelo aplicativo da Quicko, na cidade, por exemplo, os usuários podem recarregar seu bilhete único e desbloquear catracas.
No Rio de Janeiro, por sua vez, a Quicko tem uma parceria com a Secretaria de Transportes. Nela são compartilhados dados e informações que os usuários do app emitem sobre a situação do transporte público. Dessa forma, o órgão público pode promover melhorias mais assertivas e ágeis no sistema.
Já os usuários do transporte público e da Quicko em Salvador, podem carregar o cartão, bem como fazer recarga via PIX pelo próprio app, além de desbloquear catracas. A experiência do usuário na cidade também é completa. Uma vez que a capital soteropolitana conta com o único programa de vantagens do transporte coletivo do Brasil, o Clube Quicko. Nele, quem se locomove todos os dias, por exemplo, pode ganhar passagem de transporte e créditos no celular por utilizar o app.