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Aula no simulador conscientiza alunos dos riscos de dirigir alcoolizado


Por Mariana Czerwonka Publicado 22/06/2016 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h36
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Aula no simuladorAula de alcoolemia no simulador possibilita ao aluno visualizar os riscos de conduzir o veículo com a percepção alterada pelo consumo de álcool.

Embora as penalidades para dirigir sob influência de álcool estejam bem determinadas pela Lei 12.760/2012, as consequências dos efeitos provocados por essa infração parecem, aos olhos de muitos motoristas, pouco relevantes. Prova disso são os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), organizada pelo Ministério da Saúde, segundo os quais cerca de um quarto (24,3%) dos condutores brasileiros assume ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. Os números refletem o comportamento dos motoristas no período de julho de 2013 a fevereiro de 2014, e revelam a importância do debate contínuo sobre os perigos por trás deste hábito. Outro documento relata os riscos do consumo de álcool aliado à direção é o Relatório Global sobre Álcool e Saúde, cujos resultados apontam que em âmbito mundial, apenas em 2014, o álcool esteve associado a 15% das mortes no trânsito.

O chefe do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Alves Junior, atribui a recorrência dessas estatísticas a alguns fatores, dentre eles a auto avaliação do próprio condutor. Ele explica que as pessoas tendem a se relacionar com o álcool de duas maneiras: socialmente e cronicamente. Ao primeiro grupo falta senso de compreensão, uma vez que ele subjuga o teor alcoólico ingerido, apesar de conhecer os riscos. Os casos crônicos, por sua vez, são desprovidos tanto de limites quanto dessa consciência mais clara. “Em ambas as situações, a confiança sobre a capacidade de dirigir sob influência da bebida é exacerbada, o que leva o motorista a transgredir as leis de trânsito”, resume.

Para o especialista, mais do que debater o tema, é importante que os condutores tenham em mente as consequências de atitudes como essas. “O simulador de direção veicular age justamente no sentido de trazer este risco à tona”, destaca. Ele acredita que sem o equipamento o aluno aprende, simplesmente, a fazer o carro andar, sem dedicar atenção a possíveis adversidades, inclusive às provocadas pela ingestão de bebidas alcoólicas.

Alves Junior esclarece que, assim como no consumo de drogas, a ingestão de álcool desestabiliza as funções responsáveis por garantir uma direção segura, são elas: sensório-perceptiva, responsável pelos sentidos; cognitiva, responsável pela percepção e concentração; e motora, responsável pelo tempo de resposta do usuário. “Em condições normais, o processamento entre ver algo e tomar uma atitude é de 0,75 segundos. Sob influência do álcool, este tempo chega, no mínimo, a 1,3 segundos, intervalo suficiente para um acidente”, compara. Outros efeitos da bebida são ainda a visão tubular no lugar da panorâmica e possíveis delírios, que intensificam a aceleração aplicada ao veículo, descreve.

Especializada em soluções tecnológicas, a Mobilis desenvolveu uma linha de equipamentos com caráter exclusivamente pedagógico e capaz de reproduzir situações adversas que auxiliam no processo de formação dos futuros condutores. A imersão em um ambiente muito próximo da realidade é o fio condutor de todas as aulas, que proporcionam uma experiência segura e efetiva aos alunos. “Adotado para auxiliar na formação do condutor, o simulador permite o aprendizado em uma ampla variedade de adversidades. Por exemplo, para que o aluno entenda o que é dirigir sob a influência de álcool, existe uma aula específica com esse fim”, ressalta o Gerente de Negócios da empresa, Jobel de Araújo

De acordo com ele, os cenários percorridos durante as aulas de alcoolemia são idênticos aos demais, já que o motorista que dirige embriagado tem sua percepção alterada embora o ambiente continue o mesmo. “Para reproduzir este efeito, o aluno perde o controle sobre o simulador, pois o volante responde com atraso aos comandos. O sensor de movimento que o aluno usa em todas as aulas preso à cabeça também reproduz a sensação de lentidão, similar ao que sente o motorista alcoolizado”, detalha. Além da aula de alcoolemia, o aluno tem a possibilidade de dirigir em outras situações que seriam impossíveis de ser trabalhadas durante o aprendizado na rua, pois estariam expondo a risco o aluno e seu instrutor, bem como todos os usuários da via.

Sobre a Mobilis

Com uma equipe especializada e vasto know-how em soluções para segurança no trânsito, a Mobilis se destaca pela linha pedagógica e tecnologia de ponta de simuladores de direção veicular. Essencial para formação mais segura e completa dos candidatos à obtenção da CNH (categoria B), os equipamentos proporcionam uma imersão aos alunos, que experimentam situações reais e outras impraticáveis em uma aula de rua, como dirigir sob o efeito de álcool. A consequência, a longo prazo, são vias mais seguras e humanas, com condutores mais preparados e com uma postura preventiva no trânsito.

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