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Horas no trânsito: quais os efeitos no nosso corpo?


Por Mariana Czerwonka Publicado 27/08/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h31
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Problemas no corpo do motorista

O tempo gasto no trânsito diariamente impacta na saúde das pessoas. Washington Rodrigues, por exemplo, acorda todos os dias às 5h15 para conseguir chegar ao trabalho às 7h, que fica a aproximadamente 40 km de sua residência. Na ida, gasta 50 minutos, já que sai de casa antes mesmo do tráfego ficar intenso, e na volta contabiliza cerca de duas horas. No final do dia, são quase três horas que perde somente dentro do carro. O efeito disso? “Frequentemente, sinto dores na lombar devido ao grande tempo que fico má posicionado”, conta ele.

O médico ortopedista e especialista em coluna do Hospitalys, Paulo Ramos, explica. “A posição sentada é a que mais força o disco vertebral, pois causa aumento de carga na região. Quando se está sentado, a coluna vertebral está submetida a um maior stress mecânico.A longa permanência pode agravar as dores nas articulações. A direção traz danos às regiões lombar e cervical da coluna por exigir grande esforço. Os movimentos repetitivos de mudança das marchas incitam a tendinite nos punhos. Já nos membros inferiores, pode haver deterioração nas articulações dos tornozelos por frear e acelerar repetidamente”, esclarece ele.

A história de Washington não é única no país. Segundo resultado do censo feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das 55,1 milhões de pessoas que vivem em áreas urbanas, 13,2 milhões desperdiçam de 30 a 60 minutos por dia em deslocamento ao trabalho, 5,5 milhões entre uma e duas horas e mais de 1 milhão gasta acima de duas horas. Ao todo, são cerca de 20 milhões de pessoas que sofrem com o tempo gasto para pegar no batente, quase a metade da quantidade de entrevistados. Sem levar em conta ainda trabalhadores das zonas rurais, que 1,1 milhão gastam de meia até uma hora, 327 mil entre uma e duas horas e cerca de 78 mil mais de duas horas. Quais são então as consequências de ficar tanto tempo sentado, na mesma posição, indo ao trabalho?

Para evitar esses malefícios, o especialista recomenda que é preciso sempre ficar atento à postura e se movimentar alternando a posição. Fortalecer os músculos também é essencial. A prática de exercícios físicos deve ser incluída na rotina de quem vai encarar longas horas de estrada, pois assim o corpo fica mais preparado, embora não haja uma compensação do tempo desperdiçado ao volante. “Aumentar o tempo de exercícios não compensa o tempo que você fica sentado, as probabilidades são as mesmas para quem se exercita e quem não se exercita. Contudo as atividades físicas ajudam a melhorar outras questões. Como no ponto de vista musculoesquelético, que auxiliam na melhora da força e do tônus muscular e também da flexibilidade, o fortalecimento dos ossos e das articulações”, diz ele.

Em 2010, a Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, divulgou um estudo observando que sedentarismo, especificamente o tempo que o indivíduo fica sentado em frente a televisão e dirigindo um carro, é capaz de elevar em 64% o risco de morte por diversas doenças. Seis horas por dia é o suficiente para aumentar as chances de morrer nos próximos 15 anos.

Fonte: Yahoo

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