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07 de setembro de 2024

Projeto torna o freio ABS item obrigatório para motocicletas


Por Talita Inaba Publicado 25/09/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h28
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Com o crescimento da frota de carros e motos no Brasil, o espaço entre os veículos diminuiu e a distância para frear, também. Um estudo realizado pela Administração Rodoviária da Suécia apontou que 38% de todos os acidentes de motos com feridos e 48% de todos os acidentes graves e fatais com este tipo de veículo poderiam ser evitados com o uso do freio ABS, que diminui o espaço necessário para brecar a motocicleta.

O Projeto de Lei nº 6273/13, de autoria do deputado federal Adrian (PMDB/RJ), torna obrigatório o uso do sistema ABS para motocicletas que saírem de fábrica. “25 Este fato reduz significativamente o risco de uma queda ou acidente pela frenagem”, afirma Adrian.

DADOS

Nos últimos dez anos, o número de mortes em acidentes com motos, no Brasil, aumentou mais de 260%, segundo informações do Ministério da Saúde. O custo social desse fato é muito alto, mais ainda considerando que um acidentado grave pode custar até R$ 200 mil ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O salto no número de vítimas fatais em acidentes com motos é bem maior que o aumento do número de mortos por acidentes de trânsito em geral, que envolve carros, motos, caminhões, ônibus, pedestres. Em 2011, foram 42.425 mortes contra 30.524 registradas em 2001 – alta de 39%.

No mesmo período, a frota brasileira de veículos de duas rodas aumentou 300%, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares (Abraciclo), com base em números divulgados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A quantidade de motos emplacadas no Brasil saltou de 4.611.301 unidades, em 2001, para mais de 18,4 milhões, em 2011.

Entretanto, esse quadro de acidentes poderia ser menor se as motocicletas contassem com o sistema de freios ABS de série, mas menos de 18% das motos vendidas no Brasil, e somente aquelas com mais de 250 cilindradas, possuem esse sistema.

Como funciona

O ABS de motocicleta não difere muito do sistema para automóveis, a não ser pelo tamanho: é menor pelo fato de ter apenas dois sensores. Esses sensores são instalados em cada roda e transmitem ao módulo do ABS as informações sobre sua velocidade. Em uma frenagem brusca, onde há uma tendência de travamento das rodas, o sensor informa o módulo, que analisa a situação e, se necessário, alivia a pressão nos freios, evitando que as rodas travem.

Há montadoras que oferecem o ABS mecânico nas rodas dianteiras. Esse sistema, diferentemente do ABS eletrônico, possui uma câmara de alívio que reduz a pressão nos freios para evitar que as rodas se travem. Nesse sistema, quando há uma pressão elevada nos freios, o fluido vai para essa câmara, reduzindo a pressão e, também, evitando o travamento dos freios.

“O projeto de lei se traduz em melhoria social para todos, pois a utilização de freios ABS nas motocicletas, embora possa tornar os referidos veículos um pouco mais caros, será importante para a segurança dos pilotos e dos pedestres, com a consequente redução de acidentes. Por esse motivo, o projeto de lei tem como alvo a reversão das trágicas estatísticas de trânsito”, avalia o deputado Adrian.

Fonte: DM.com.br

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