Só 1% das motos vendidas no Brasil têm ABS
No Brasil apenas 1% das novas motocicletas vendidas entre janeiro e dezembro de 2012 saíram de fábrica equipadas com freios ABS. Dessas, nenhuma moto tinha menos de 250 cm³ de cilindrada, o maior segmento do país, com mais de 90% do mercado.
Em contrapartida, em 2012, 41% dos carros novos registrados já tinham ABS. A partir de 2016, o ABS (sistemas antibloqueio de frenagem) serão introduzidos como equipamento original para um número maior de motos na União Europeia.
No início de março, foi aprovada uma legislação cujo objetivo é reduzir ainda mais o número de acidentes de trânsito. Só em 2011, cerca de 5.000 motociclistas morreram nas estradas da Europa. “A utilização do ABS pode impedir mais de um quarto de todos os acidentes de moto com danos pessoais”, afirma Gerhard Steiger, presidente da divisão Chassis Systems Control da Bosch, segundo estudo sobre acidentes conduzido pela empresa. A Bosch fabrica o sistema para motos desde 1994 e já vendeu cerca de 750 mil até hoje. Em 2010 a empresa lançou uma geração de ABS projetado especificamente para motos e desde então vem trabalhando no desenvolvimento de funções adicionais que visam melhorar o desempenho do sistema.
De acordo com a nova legislação europeia, será obrigatório instalar um sistema antibloqueio de frenagem para todas as motos que tenham motorização superior a 125 cm³ de cilindrada. A partir de 1° de janeiro de 2016, isso será aplicado em motos às quais será concedida a homologação e, a partir de 2017, para todos os modelos. Além disso, será exigido que veículos de duas rodas, com motorização de acima de 50 cm³ até 125 cm³ tenham ABS ou pelo menos sistema de frenagem combinado (CBS, ou Combined Brake System).
Esse sistema trabalha com os freios dianteiro e traseiro mecanicamente, resultando que ambas as rodas sejam simultaneamente desaceleradas durante a frenagem. No entanto, essa solução não regula a pressão do freio, o que significa que as rodas ainda podem travar.
Fonte: Car press