SC é o estado com mais internações por acidentes de trânsito da região sul
Os números de internações em decorrência de acidentes no trânsito já superam os registrados no período pré-pandemia.
Um estudo realizado pelo Super App Gringo em parceria com Centro de Liderança Pública (CLP) identificou que Santa Catarina é, atualmente, o estado da região Sul com a maior incidência de internações em decorrência de acidentes no trânsito, com números que superam os registrados no período pré-pandemia.
Os dados estão no Ranking de Competitividade dos Estados e Municípios 2023. Eles servem de reforço para a campanha Maio Amarelo, uma iniciativa organizada por diferentes entidades para conscientização para redução de sinistros de trânsito.
Com base nos dados atuais, Santa Catarina tem 104,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2020, levando em conta os dados compilados antes da pandemia, o número era de 96,2.
O Paraná também teve um aumento na taxa, passando de 88,05 para 91,1 na comparação de 2020 para 2023. O Rio Grande do Sul, por sua vez, foi o estado de melhor avaliação. Além disso, manteve o seu índice de 36,5 em 2020 para 36,06 em 2023.
Os dados sobre internações causadas por acidentes a cada 100 mil habitantes compõem o índice de morbidade no trânsito. Ele leva em conta as informações atualizadas do DataSUS até o ano passado. Esse índice vai compor a edição dos rankings de competitividade dos Estados e dos Municípios que serão divulgados neste ano.
Por município
No estudo pelos municípios, Cachoeira do Sul (RS) ficou com a pior colocação da região no indicador de morbidade nos transportes, com 718,5 internações a cada 100 mil habitantes. Nesse sentido, o município ocupa a 413ª posição entre os 415 estudados no país.
Por outro lado, o Rio Grande do Sul também abriga o município com a menor taxa de internações causadas por acidentes no trânsito a cada 100 mil habitantes do Brasil: Sapiranga (RS), que registrou 1,2 caso por 100 mil habitantes. Lajeado (RS) aparece em 5º lugar no ranking nacional e em 2º na região Sul, com 3,2 casos a cada 100 mil. Já o terceiro melhor colocado na região, Rio Grande (RS) registrou 4,2 casos a cada 100 mil habitantes.
Dos 69 municípios da região Sul do país, 46,38% têm menos de 50 casos de morbidade por 100 mil habitantes/ano. Já 13,04% possuem entre 50 e 75 casos; 7,25% têm entre 75 e 100 casos; 8,70% estão na faixa de 100 a 150 casos; e 26,64% apresentam mais de 150 casos.
Considerando somente as capitais, as três da região estão entre as 10 melhores do país no indicador. Florianópolis (SC) é a segunda melhor colocada, com 22,2 internações por 100 mil habitantes. Seguida por Curitiba (PR), com 26,1 casos, enquanto Porto Alegre (RS) registrou 66,4 internações por 100 mil habitantes, sendo a oitava melhor do país no indicador.
Mortalidade
Já os indicadores de mortalidade a cada 100 mil habitantes — e que considera os dados do Ranking de Competitividade 2022, os mais atualizados até o momento — mostra que, entre as capitais da região, a ordem inverte: Porto Alegre tem 7,3 mortes a cada 100 mil, seguida por Florianópolis, com 10,8, e Curitiba com 12,4.
Em relação aos estados, Rio Grande do Sul tem o menor índice, com 13,4 mortes a cada 100 mil habitantes. Na sequência, Santa Catarina, com 19,04, e Paraná, com 21,2.
Ranking 2023
Com o objetivo de incentivar iniciativas de conscientização a fim de reduzir o número de acidentes de trânsito, o CLP e o Super App Gringo realizaram um diagnóstico aprofundado da situação do país a partir de dois indicadores: mortalidade e morbidade nos transportes.
A iniciativa visa alertar a sociedade para a importância do tema trânsito, além de estimular a participação do setor público bem como o privado no debate.
“Desta maneira, contribuímos para o Movimento Maio Amarelo, que tem como meta chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo”, afirma o diretor-presidente do CLP, Tadeu Barros.
O levantamento analisou os indicadores de mortalidade e morbidade nos transportes dos 27 estados da federação. E, ainda, dos 415 municípios do país com mais de 80 mil habitantes. Os dois indicadores compõem o Ranking de Competitividade dos Estados e dos Municípios, no pilar de Segurança, com base no DataSUS.