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21 de outubro de 2024

Mortos e feridos nas rodovias federais já custaram cerca de R$ 8 bilhões ao país somente no primeiro semestre de 2024

A ABRAMET/RS analisou o impacto dos custos tanto dos roubos de cargas quanto dos sinistros de trânsito nas rodovias federais e os números são alarmantes.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 20/10/2024 às 08h15
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mortos e feridos rodovias federais
A conscientização da população e a criação de mecanismos mais rígidos de controle nas estradas são caminhos necessários para reverter essa triste realidade. Foto: khoroshkov para Depositphotos

O Brasil enfrenta desafios significativos quando se trata da segurança nas rodovias. Os números relativos ao roubo de cargas e aos sinistros de trânsito revelam o impacto econômico e social que ambos os problemas trazem para o país. De um lado, temos os altos custos gerados pelos roubos de carga, que afetam diretamente a economia. De outro, os sinistros de trânsito, especialmente aqueles com vítimas fatais, impõem um peso ainda mais severo à sociedade.

Levantamento

A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do RS (ABRAMET/RS) analisou o impacto dos custos tanto dos roubos de cargas quanto dos sinistros de trânsito nas rodovias federais e os números são alarmantes. O primeiro afeta diretamente o setor de transporte e a economia nacional, considerando que o transporte de mercadorias é um dos pilares do desenvolvimento do país.

Conforme dados do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública), entre janeiro e julho deste ano, o Brasil registrou 5.527 ocorrências de roubo de cargas, uma redução de 11% em comparação com o mesmo período de 2023. Embora essa queda seja um indicador positivo, a situação é preocupante, já que em todo 2023, de acordo com o relatório na Nstech, os números de roubos de cargas ultrapassaram 17 mil ocorrências, resultando em um prejuízo financeiro superior a R$ 1,2 bilhão.

No entanto, os custos com os mortos e feridos pelos sinistros de trânsito nas rodovias federais são significativamente maiores. Até junho deste ano, o custo total com acidentes em rodovias federais já atingiu a marca de quase R$ 8 bilhões, de acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Deste montante, os sinistros com vítimas fatais custaram R$ 2,8 bilhões, enquanto os acidentes com vítimas não fatais somaram R$ 4,4 bilhões. Já os sinistros sem vítimas fatais geraram um custo de R$ 231 milhões.

Preocupação

Para o presidente da ABRAMET /RS e especialista em Medicina do Tráfego, Ricardo Hegele, essa comparação revela uma realidade preocupante.

“O custo com sinistros de trânsito supera amplamente o prejuízo causado pelos roubos de carga. E o mais impactante é que as vidas perdidas em acidentes rodoviários são irrecuperáveis, uma realidade que demanda atenção urgente. Embora o roubo de cargas afete a economia, a perda de vidas humanas em acidentes (sinistros) representa um prejuízo incomparável, pois as cargas o seguro cobre, já as vidas perdidas não”, lamenta.

Esse cenário nos leva a uma reflexão crucial e a mobilização de recursos e esforços para combater os roubos de carga é essencial, mas é preciso um olhar ainda mais atento para a questão dos mortos e feridos por sinistros de trânsito em rodovias federais. “O respeito às leis de trânsito, o comportamento responsável dos motoristas e a fiscalização mais eficiente podem reduzir significativamente os custos com acidentes (sinistros) e, mais importante, salvar vidas”, diz Hegele.

A ABRAMET/RS ressalta que é imprescindível que ocorra a implementação de políticas públicas mais eficazes para combater essa verdadeira epidemia de sinistralidade. A conscientização da população e a criação de mecanismos mais rígidos de controle nas estradas são caminhos necessários para reverter essa triste realidade. As vidas perdidas nas estradas, diferentemente das mercadorias, não podem ser recuperadas, e esse é o custo mais alto que o Brasil continua pagando.

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