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07 de setembro de 2024

Mortes causadas por poluição do ar cresceram 300%


Por Talita Inaba Publicado 14/01/2013 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h52
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O perigo está no ar — literalmente. A fumaceira despejada por canos de descarga dos veículos, chaminés das indústrias, queimadas e cigarros, entre vários outros poluentes, é uma ameaça concreta às nossas vidas. Segundo pesquisa divulgada recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição do ar provocou 3,2 milhões de mortes de pessoas no mundo em 2010. Foi um salto de 300% em relação ao ano 2000, quando os óbitos foram 800 mil. Os números estão na mais recente edição do projeto ‘Global Burden of Disease’ (Carga Global de Doenças), que envolveu mais de 450 especialistas em todos os cantos do mundo, inclusive no Brasil.

Além da OMS, participaram instituições como a Universidade de Queensland, na Austrália, e as universidades Harvard e John Hopkins, nos EUA. A avaliação se baseou em medidas de solo, dados de satélites e modelos globais de transportes de substâncias químicas pelo ar. No Brasil, dados anteriores da OMS estimam que somente poluição atmosférica cause 20 mil mortes por ano, número cinco vezes maior do que o de óbitos estimados por tabagismo passivo. Mas, de acordo com o estudo ‘Global Burden of Disease’, a maior ameaça é para chineses e indianos. A poluição é a sexta maior causa de mortes no sudoeste da Ásia — continente que experimenta grande crescimento econômico, com o consequente aquecimento na compra de automóveis . Lá ocorrem 65% dos óbitos provocados pelas substâncias químicas na atmosfera, sendo um quarto deste total na Índia.

De acordo com outro estudo, divulgado recentemente pela Universidade de Pequim e pelo Greenpeace, só nas quatro maiores cidades chinesas, em 2012, cerca de 8,5 mil mortes prematuras foram ocasionadas pela poluição do ar. As perdas econômicas chegaram a US$ 1,08 bilhão em Xangai, Cantão, Xi’an e Pequim.

Metrô parado, 75% a mais de sujeira no ar

Se o metrô da cidade de São Paulo parasse de funcionar por um ano, a concentração de lixo químico no ar cresceria nada menos do que 75%. A constatação é de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo, que fizeram o cálculo comparando o índice de poluição em dias normais com o de dias de greve dos funcionários do metrô. Uma outra estimativa utilizando o metrô de São Paulo foi feita pelo Instituto Nacional de Análise Integrada do Risco Ambiental. De acordo com o estudo, se o metrô parasse, as mortes por problemas cardiorrespiratórios aumentariam em até 14%. Na capital paulista, 90% da poluição do ar é gerada por carros, motos e caminhões, segundo a mesma fonte.

Fonte: O Dia.com.br

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