22 de dezembro de 2024

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22 de dezembro de 2024

Mais de 33 mil pessoas morreram em decorrência do trânsito em 2022

33.894 foram os óbitos registrados em 2022 no trânsito brasileiro, e as estatísticas apontam um aumento no registro de 2023. Para reduzir esse número neste ano é preciso maior conscientização de todos.


Por Agência de Conteúdo Publicado 07/04/2024 às 15h00
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Mortes no trânsito em 2022
Mais de 30 mil pessoas morreram no trânsito brasileiro em 2022. Foto: alfribeiro para Depositphotos

O trânsito, em qualquer lugar do mundo, é um cenário dinâmico e desafiador que requer constante atenção e
responsabilidade por parte de todos os envolvidos. No Brasil, o panorama não é diferente, com uma extensa
malha viária e uma frota de veículos em constante crescimento. Contudo, a segurança no trânsito é uma
questão crítica, com estatísticas alarmantes e desafios que exigem ação imediata.

Desde 2014 as estatísticas de mortes em acidentes de trânsito mostram quedas consecutivas ano a ano,
porém em 2020 houve uma interrupção nesta tendência. Depois da pandemia, os sinistros nas vias mostram
importantes aumentos, e consequentemente, aumentaram as taxas de mortes causadas por veículos.

O Brasil, lamentavelmente, figura como o terceiro país com mais mortes no trânsito em todo o mundo de
acordo aos dados publicados no Global status report on road safety 2023 da Organização Mundial de Saúde
(OMS), ficando atrás apenas da Índia e da China.

As mortes resultantes de acidentes de trânsito ocupam a oitava posição entre as principais causas de óbito no
país, de acordo com o Ministério da Saúde, os números oficiais de mortes no trânsito brasileiro em 2022
mostraram um leve aumento em relação aos anos anteriores, 33.894 óbitos em total.

Por outro lado, os dados da Polícia Rodoviária Federal revelam que, no ano passado, ocorreram cerca de 7
acidentes por hora nas estradas do país, totalizando quase 68 mil acidentes registrados. Entre os sinistros que
tiveram óbitos, 1,2 foram causados pelo consumo indevido de álcool.

Acidentes por hora

Principais causadores de acidentes

A imprudência dos motoristas e pedestres e o excesso de velocidade destacam-se como os principais
geradores de acidentes nas rodovias brasileiras. A falta de atenção dos que circulam pelas ruas e estradas e o
desrespeito às normas de trânsito também contribuem significativamente para a ocorrência de sinistros.

Em 2023, mais de 21 milhões de infrações de trânsito foram registradas em todo o Brasil, de acordo com o
Anuário da Senatran. Isto deixa em evidência a necessidade urgente de conscientização e mudança de
comportamento por parte dos condutores e dos pedestres.

As infrações mais recorrentes incluem o excesso de velocidade, o avanço quando o sinal está vermelho, a
circulação em horários e locais não permitidos pela regulamentação e as multas para pessoas jurídicas quando
não identificam o condutor.

Mas, infração não é multa. Apenas uma pequena parcela das infrações cometidas no trânsito se transforma
em multas, pois é preciso da existência de uma fiscalização feita pelas autoridades de trânsito ou pelos
fiscalizadores eletrônicos devidamente regulamentados.

A situação atual exige um compromisso maior de todos

Embora a situação seja diferente em cada estado, em geral, o número de acidentes com motoristas ou
pedestres que consumiram álcool tem aumentado consideravelmente. Por exemplo, o Detran RS registrou
8,083 mortes no trânsito do estado entre 2018 e 2022, entre esses óbitos 3.267 foram de condutores de
carros ou motos que tiveram um resultado positivo no exame de alcoolemia.

Além das graves consequências provocadas pelo consumo de álcool, muitas vezes a pressa e falta de respeito
às normas de trânsito, contribuem para o aumento da agressividade na via pública, além dos sinistros. Nos
últimos anos tem aumentado o registro de pessoas agredindo e brigando nas ruas.

Outro problema externo que tem provocado inúmeros acidentes de trânsito são as obras públicas.

Dicas para evitar acidentes

Embora o
Código de Trânsito Brasileiro no seu artigo 88 especifique que “enquanto não estiver devidamente sinalizada,
vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições adequadas de segurança na circulação” nenhuma
via em obra pode ser reaberta ao trânsito. Por exemplo, São Paulo, considerada a maior metrópole da
América Latina, enfrenta diariamente os desafios de uma frota veicular em expansão, combinado com
constantes obras para reparação e manutenção de suas ruas, mostrando um aumento considerável nos
acidentes gerados nos locais em obra.

Se bem que os danificados podem solicitar indenizações ao poder público (para estes casos é preciso de
vídeos ou imagens tiradas no momento do acidente e é conveniente contar com o boletim de ocorrência feito
pela polícia no momento do acidente) é preciso aumentar a atenção nesses trechos e reduzir a velocidade.

Embora a Lei Seca (tolerância zero para o consumo de álcool) e outras medidas legais de controle contribuem
para a redução dos acidentes e das mortes no trânsito, o aumento registrado nos últimos anos exige um
comprometimento mais amplo. Não basta apenas contar com leis rigorosas; é essencial que todos os cidadãos
estejam conscientes da regulamentação e pratiquem a atenção e o respeito no trânsito. Motoristas, ciclistas assim como pedestres desempenham papéis cruciais na construção de um ambiente viário mais seguro e harmonioso.

FONTES

Organização Mundial de Saúde

Comparação de seguros O Melhor Trato

Polícia Rodoviária Federal

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