Governo de SP alerta para risco de acidentes por uso de celular

Um dos principais pontos de atenção é sobre o uso dos telefones celulares por parte dos motoristas durante a condução de veículos em ruas e estradas.


Por Agência de Notícias

De acordo com o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga-SP), no primeiro trimestre de 2023 houve o registro de 1.152 óbitos em decorrência de acidentes nas vias paulistas, nove a mais que no mesmo período do ano anterior. Um dos principais pontos de atenção de causa de acidentes é sobre o uso dos telefones celulares por parte dos motoristas durante a condução de veículos em ruas e estradas.

“Atendemos com bastante frequência casos de pessoas que se distraem no uso do celular e acabam cometendo ou sendo vítimas de acidentes de trânsito”, contou o coordenador do Pronto Socorro do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Marcos de Camargo Leonhardt.

Saúde no trânsito

Dados da Coordenação Estadual de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apontam queda nas mortes por acidentes de trânsito no estado desde 2010. Ainda assim, em 2021, o trânsito foi a causa de 4.354 mortes. O maior número de vítimas são motociclistas, com 41% dos óbitos. No mesmo ano, das 43.069 pessoas internadas por acidentes de trânsito, 62,5% eram condutores de moto.

A faixa etária de maior risco é a das pessoas entre 13 e 39 anos de idade. Essas pessoas também são as que passam por mais internações, incluindo pedestres envolvidos em acidentes. Nesse caso, o maior número de óbitos é entre pedestres idosos, que representam 26% das mortes.

Ciclistas representam a menor parte dos óbitos relacionados a acidentes no trânsito, são 6% de todas as mortes. No entanto, registrou-se 3.927 internações em 2021, ou seja, 9% do total, mais do que as de ocupantes de veículos de quatro rodas. Os homens são os que mais se tornam vítimas de acidentes em todas as categorias. Ou seja, sendo 80% do total de óbitos e 86% das internações.

Os acidentes, sejam em decorrência do uso de celular ou não, causam grande parte das amputações no estado. Na Rede de Reabilitação Lucy Montoro, na Baixada Santista e no interior do Estado de São Paulo, 2,5 mil pacientes com membros amputados foram vitimados em ocorrências de trânsito. Isso representa cerca de 16% do total dos atendimentos. A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com a Secretaria da Saúde criou a Rede em 2008. Ela conta com 20 unidades em todo o estado.

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