Neste ano, 1,2 milhão de pessoas já morreram em acidentes de trânsito
Em ocasião do Dia em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito e seus Familiares, lembrado amanhã (20), o Secretário-Geral da ONU destacou neste domingo (18) a importância da segurança rodoviária na prevenção de acidentes de trânsito, que matam mais de um milhão de pessoas a cada ano.
“Este ano, as estradas do mundo levaram cerca de 1,2 milhão de vidas”, afirmou Ban Ki-moon em sua mensagem para o Dia. “Além das mortes são mais de 50 milhões de pessoas feridas a cada ano – muitas delas agora condenadas a suportar deficiências físicas e traumas psicológicos para o resto de seus dias”
Cerca de 90% das mortes de trânsito e lesões ocorrem em países de baixa e média renda e a maioria das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, sem uma ação urgente, os acidentes de trânsito se tornarão a quinta causa de morte em 2030.
O Dia surgiu na sequência da adoção de uma resolução da Assembleia Geral em outubro de 2005, na qual ficou decidido que o terceiro domingo de novembro de cada ano seria a ocasião para dar reconhecimento às vítimas de acidentes de trânsito e à situação de seus parentes que têm que lidar com as consequências emocionais e práticas dos acidentes.
Em sua mensagem, Ban Ki-moon observou que os governos têm tomado medidas positivas para enfrentar acidentes de trânsito já que mais de 100 países se comprometeram no ano passado a salvar cinco milhões de vidas por meio de implementação de estratégias de segurança nas estradas e campanhas de informação no lançamento da Década de Ação pelo Trânsito Seguro, 2011-2020.
“Os governos estão agindo”, disse Ban. “A lei chilena agora exige que as pessoas viajando em ônibus interurbanos usem cinto de segurança. A China criminalizou beber e dirigir e aumentou as penas para os infratores e a Nova Zelândia introduziu controles mais rígidos sobre álcool para motoristas mais jovens.”
Outros países também têm demonstrado compromisso de melhorar e fazer cumprir a legislação. No Brasil, por exemplo, a polícia está mais rigorosa sobre beber e dirigir. Na Turquia, o uso de cinto de segurança aumentou de 8% para 50% e no Vietnã, o uso de capacete de moto triplicou, passando de 30% para 90%. Outros países, como Gana, Índia, Moçambique e Paquistão estão melhorando o atendimento para as pessoas que sofreram acidentes de trânsito.
“Neste Dia em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito e seus Familiares, vamos nos comprometer a minimizar as mortes de trânsito e lesões como parte de nossa busca por um futuro justo e sustentável”, disse Ban.
Fonte: ONU