“Nós temos mais motivo de preocupação do que otimismo, porém há sim motivos para o otimismo. Um deles é esse dado. O trânsito é um assunto muito grave e preocupante em diversos sentidos, pelo modo que nos comportamos como condutores e pedestres, como fazemos as nossas leis e como as fiscalizamos. Tudo isso gera uma dor e um prejuízo, que não é só financeiro, é social”, analisa Celso Alves Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito.
Segundo o Observatório, nos primeiros anos da Década de Ação para a Segurança no Trânsito, 2011 e 2012, houve um aumento de 3,6% no país (43.256 para 44.812). Em 2013 a redução foi de 5,6%, o que significa salvar 2.554 vidas no trânsito.
“Claro que o número é significativo, mas ainda não quer dizer muita coisa. A mudança de comportamento é uma questão que leva tempo e só ocorrerá com educação para o trânsito. E isso não está acontecendo no Brasil, salvo algumas exceções, temos milhares de crianças e jovens que estão na escola e nunca tiveram uma aula de educação para o trânsito. Nós estamos falhando num ponto que é crucial, não há como pensar em um trânsito mais seguro e humano se não atacarmos três áreas básicas: educação, fiscalização e engenharia”, explica o especialista.
Ainda de acordo com o Observatório, Rondônia foi o estado que teve a maior queda 19%. Também na região norte está o 2º Estado com a maior redução: Acre, com 18%. Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro reduziram 12%. São Paulo registrou queda de 6%. Já entre os estados que tiveram aumento no número de mortes, o Mato Grosso lidera a lista com quase 5% a mais que o ano anterior.