Confusão nas leis de trânsito: o perigo dos títulos sensacionalistas!

Esse tipo de título é projetado para atrair o maior número possível de cliques, mas nem sempre reflete a realidade ou o conteúdo da matéria.


Por Mariana Czerwonka
Títulos sensacionalistas
O uso excessivo de títulos sensacionalistas pode prejudicar a confiança na mídia como um todo, tornando difícil distinguir entre notícias legítimas e conteúdos manipulativos. Foto: thodonal para Depositphotos

Em tempos de comunicação digital, títulos chamativos e sensacionalistas se tornaram comuns na internet. Sites e redes sociais competem pela atenção dos usuários, muitas vezes recorrendo a manchetes exageradas ou ambíguas, conhecidas como “clickbait” ou “caça-cliques”. Esse tipo de título é projetado para atrair o maior número possível de cliques, mas nem sempre reflete a realidade ou o conteúdo da matéria. Ao clicar em uma notícia que promete uma revelação bombástica e encontrar um texto raso ou até enganoso, o leitor percebe que foi vítima de uma armadilha que visa gerar audiência, e não necessariamente informar com qualidade. Na área do trânsito isso vem acontecendo bastante e, muitas vezes, causando prejuízos e confusões.

O problema vai além da decepção do leitor. O uso excessivo de títulos sensacionalistas pode prejudicar a confiança na mídia como um todo, tornando difícil distinguir entre notícias legítimas e conteúdos manipulativos. Quando um portal opta por títulos que insinuam algo impactante, mas entrega informações vazias ou distorcidas, ele não só perde credibilidade, mas também contribui para a desinformação. Em alguns casos, esses títulos podem até espalhar pânico ou criar falsas percepções sobre determinados temas, gerando confusão entre os leitores menos atentos.

Casos recentes

Não é difícil encontrar casos assim na internet. Inclusive, isso aconteceu recentemente quando um site publicou uma notícia dando a entender que uma nova lei teria sido aprovada e que isso afetaria os Centros de Formação de Condutores. O Portal do Trânsito recebeu uma série de mensagens de profissionais preocupados porque não teriam muito tempo para se adaptar às novas regras. E, na verdade, o texto se referia a um Projeto de Lei que ainda está tramitando no Senado Federal, e portanto, ainda sem prazo para entrar em vigor.

Por esse motivo, de acordo com Celso Mariano, especialista na área, é essencial que o público desenvolva uma postura crítica ao consumir informações online. “Ao se deparar com um título impactante, vale a pena observar a fonte da notícia e analisar se o portal é confiável. Em vez de se deixar levar pela curiosidade inicial, o leitor pode buscar outras fontes sobre o mesmo tema, como o Portal do Trânsito, para checar se a manchete está sendo replicada com a mesma abordagem ou se trata de um caso isolado. O hábito de verificar a veracidade da informação antes de compartilhá-la ajuda a reduzir o impacto das “fake news” e fortalece o ambiente informativo na internet”, orienta.

Em resumo, é importante que cada internauta assuma um papel ativo e responsável ao consumir e compartilhar notícias. Estar atento aos truques de “clickbait” ajuda a evitar armadilhas e a manter o ambiente online mais seguro e informativo.

“Sempre que encontrar um título suspeito, lembre-se de que a curiosidade momentânea pode levar a um conteúdo que, além de não valer o clique, contribui para a poluição informacional”, conclui Mariano.

Sair da versão mobile