Questão de prova: o que acontece quando o condutor deixa de cumprir qualquer determinação da legislação de trânsito? Veja aqui!


Por Mariana Czerwonka

Mais importante do que saber a resposta quando a questão cai na prova do Detran, é saber como agir no trânsito. Leia!

Foto: Arquivo Tecnodata.

Quem nunca se deparou com aquela pessoa que critica as normas e diz que não vai obedecer a lei porque não concorda com ela? Para esse cidadão (e para os demais) é importante mostrar que podemos exercer nosso papel na sociedade e existem maneiras de tentar mudar o que não concordamos.

De qualquer forma, é importante reforçar que mesmo que não concorde, o cidadão tem o dever de obedecer às leis e códigos, em benefício do bem comum. Para Celso Mariano, que é diretor da Tecnodata e do Portal do Trânsito, essa é a melhor forma de respeitar o direito das demais pessoas e ter os próprios respeitados.

“O trânsito é o mais importante ponto de junção dos diversos grupos, segmentos e indivíduos de uma sociedade. É um sistema extraordinariamente complexo onde a educação e a cidadania tem um papel fundamental”, explica.

Mais importante do que saber a resposta quando a questão cai na prova do Detran, é saber como agir no trânsito. Na prática, o condutor que deixar de cumprir qualquer determinação da legislação de trânsito estará cometendo uma infração de trânsito e pode ter consequências. “Infração de trânsito é qualquer desobediência às leis e normas contidas no Código de Trânsito Brasileiro, resoluções e portarias”, explica Mariano.

Algumas das infrações gravíssimas podem ter o valor da multa multiplicado por 2, 3, 5, 10, 20 ou até por 60. “As infrações são classificadas de acordo com a gravidade. Quanto mais a atitude coloca em risco a segurança do trânsito, mais grave ela é considerada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”, diz.

O especialista afirma, porém, que a legislação de trânsito brasileira tem algumas inconsistências que poderiam ser melhoradas.

“Nosso mecanismo legal tem uma lógica punitiva muito estranha, pois temos uma quantidade maior de infrações Gravíssimas do que de infrações Médias e Leves. Isso é um péssimo sinal. Temos uma pirâmide invertida que afronta o bom senso. Afinal, se tudo no trânsito é proibidíssimo, deve ser porque ele é perigosíssimo e, sendo assim, exige uma super-qualificação para que, então, possamos utilizá-lo sem riscos ou sem incorrer em infrações. Das duas, uma: ou não soubemos classificar o que realmente é importante, ou não estamos tratando seriamente do sistema de regras que pretendemos, seja obedecido”, conclui.

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