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Falta de cuidado com a saúde compromete o trânsito nas rodovias


Por Mariana Czerwonka Publicado 29/11/2014 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h00
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Saúde de caminhoneirosEm blitz preventiva, realizada pela PRF, motoristas parados pelos policiais sequer sabiam que tinham algum problema de saúde, como alto índice glicêmico no sangue e até diabetes

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) promoveu, uma campanha educativa sobre saúde em várias estradas do país. A PRF identificou uma série de situações de motoristas profissionais com problemas de saúde que podem interferir na segurança do trânsito. Na BR-070, que liga Brasília a Águas Lindas de Goiás, por exemplo, motoristas parados pelos policiais sequer sabiam que tinham algum problema de saúde, como alto índice glicêmico no sangue e até diabetes, doença crônica que interfere progressivamente na visão, por exemplo.

Para fazer os exames, a campanha contou com a presença do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Serviço Social do Transporte, Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte e de estudantes de universidades locais. Em Brasília, a estudante de biomedicina pelo Icesp Promove, Lorrayne Katlen, verificou que muitos dos atendidos convivem com essas enfermidades crônicas sem saber que são portadores. “Hoje eu fiquei surpresa com a quantidade de pessoas atendidas com índice glicêmico muito elevado e, até mesmo, casos de diabetes já bem avançados”.

O responsável pela PRF, inspetor Ronaldo Ivan, alerta para os riscos da falta de conhecimento e de cuidados à saúde do trabalhador que refletem, em muitos casos, na segurança de todos os que trafegam pelas estradas. “Sabemos que a alimentação dessas pessoas não é muito saudável por comerem nos bares e restaurantes pelas rodovias. Esse fator [alimentação ruim], ligado a problemas como o diabetes e a pressão arterial, por exemplo, pode gerar situações onde a vida de outros passageiros, a deles próprios e a segurança nas estradas fiquem em risco”, disse.

As avaliações feitas envolveram desde questionamentos quanto aos hábitos diários dos motoristas, até a triagem para o posto de saúde mais próximo, no caso de necessidade. Na primeira etapa, são recolhidos dados dos motoristas, como telefone e endereço; se são ou não fumantes; e o tempo de descanso.

Na campanha, foram medidas a circunferência abdominal e o índice de massa corporal. Os exames passam, também, por medições de gordura corporal, exames de visão e de audição, colesterol, glicemia e orientação médica. “Somente em vacinas nós aplicamos mais de 300, referentes à febre amarela, ao tétano e à hepatite B que também foram disponibilizadas aqui”, disse a enfermeira da Secretaria de Saúde, Sílvia Menezes.

Lorival Rodrigues, de 62 anos e caminhoneiro há 28, considera que “essa é uma iniciativa importante e cuidar da saúde é essencial”. “Eu transporto funcionários de Brasília para o Gama – cidade administrativa do Distrito Federal. Logo que entrei na empresa fui cobrado a fazer todos esses exames e mais alguns. Mas, depois, para conseguir fazer todos esses [exames] que foram feitos aqui, ficou bem mais difícil”, disse.

Fonte: A Crítica

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