É o que indica o estudo Viva, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (19) com base em dados colhidos em outubro de 2011 em 71 pronto-socorros públicos distribuídos nas 27 capitais.
Ao total, o ministério avaliou a situação de 47,5 mil vítimas atendidas no SUS (Sistema Único de Saúde).
Os dados detalhados mostram que o álcool foi vinculado a 22,3% dos condutores atendidos, 21,4% dos pedestres e a 17,7% dos passageiros. Quem bebeu momentos antes do acidente ficou mais sujeito a ser hospitalizado e a morrer, aponta o estudo.
Entre os casos estudados, 56,8% dos acidentados atendidos se locomoviam em motocicletas.
Entre as vítimas de agressão, é mais alto o percentual de vinculação ao álcool: 49% das pessoas atendidas após uma agressão informaram ter ingerido bebida alcoólica ou demonstravam sinais de embriaguez.
Para o ministro Alexandre Padilha (Saúde), esse dado afasta a ideia de que o álcool está ligado apenas a quem agride.
Em ambas as situações –tanto álcool quanto agressão–, o maior número de vítimas se concentra na faixa de 20 a 39 anos.
ESCOLARIDADE
O levantamento do Viva apontou, ainda, um importante percentual de vítimas de acidentes de trânsito e de agressões com bom grau de instrução.
Segundo o ministério, 28% das vítimas de agressões e 40% das vítimas do trânsito tinham, em 2011, entre 9 e 11 anos de escolaridade.
O ministro Padilha disse acreditar que há uma tendência nos últimos anos de redução das internações por acidentes de trânsito na rede pública proporcionalmente à frota de veículos.
“São dados preliminares, mas que indicam que os Estados que apertaram a blitz em função da lei seca conseguiram uma redução no número de internações e óbitos decorrentes de acidentes no trânsito.”
Fonte: Folha.com