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26 de dezembro de 2024

Eleições 2022: veja propostas dos candidatos à presidência para a mobilidade


Por Mariana Czerwonka Publicado 18/10/2022 às 16h30 Atualizado 08/11/2022 às 21h02
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O Portal do Trânsito foi atrás das propostas para a mobilidade urbana dos dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições para a presidência.

O tema mobilidade urbana e trânsito não foram muito abordados pelos candidatos nas eleições 2022, nem entre os que disputam a Presidência da República, governo dos estados e, salvo em casos específicos, nem por aqueles que concorreram ao legislativo.

No Portal do Trânsito, J. Pedro Corrêa, consultor em programas de segurança no trânsito, escreveu recentemente um artigo sobre o tema. Para ele, é muito triste a desimportância do trânsito na agenda dos candidatos e da sociedade em geral.

“Pelas buscas que andei fazendo na Internet, a ausência do tema na agenda dos candidatos não diz respeito apenas à Presidência da República, mas a todas as demais funções em disputa este ano”, alerta.

Ainda de acordo com o especialista, não devemos desanimar por ver que o trânsito e a mobilidade ainda não merecem – no julgamento dos políticos e candidatos nestas eleições de 2022 – estar na pauta de discussão de prioridades nacionais. “No entanto, se soubermos votar desta vez e se tivermos capacidade de induzir a comunidade do trânsito a fazer o mesmo, é bem possível que nas próximas eleições já possamos fazer parte do grupo de setores prioritários”, argumenta J. Pedro.

O Portal do Trânsito foi atrás das propostas dos dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições para a presidência. Como imaginávamos, em nenhum dos dois lados é dado destaque ao tema nos sites das campanhas. Conseguimos encontrar as informações no site Summit Mobilidade 2022.

Lula e Alckmin

O plano de Governo da Coligação Brasil da Esperança cita que pretende reduzir desigualdades territoriais. A proposta menciona uma extensa reforma urbana, com políticas que garantam o direito à cidade por meio de “investimentos integrados em infraestrutura de transporte público, habitação, saneamento básico e equipamentos sociais”. Ainda, segundo o site, o projeto menciona o incentivo às cidades criativas e sustentáveis.

A campanha de Lula e Alckmin destaca o projeto Vamos Juntos Pelo Brasil que coloca a acessibilidade e o direito de pessoas com deficiência (PCD) como uma das prioridades. A proposta é assegurar o acesso dessas pessoas à saúde, educação e emprego e garantir a comunicação acessível e inclusiva.

Os candidatos também pretendem modernizar bem como ampliar a infraestrutura de logística de transporte, social e urbana.

Ainda conforme o Summit, o programa ainda cita outros pontos relevantes para o tema da mobilidade urbana. É o caso do compromisso com a melhor integração territorial nacional, lutando para evitar o isolamento de áreas pobres. A questão ambiental também ganhou destaque. O programa assume o compromisso de cumprir as metas da COP-2015 de Paris, acelerando a transição para o uso de energias renováveis. A chapa também se compromete a tomar medidas mais drásticas contra o desmatamento.

Jair Bolsonaro e Braga Netto

A proposta central do plano de governo do candidato à reeleição Jair Bolsonaro é a infraestrutura logística. Nesse sentido, os candidatos também propõem a promoção da intermodalidade nos transportes (uso de diferentes modais). Além disso, cita a luta pela redução do chamado “Custo Brasil”.

O plano de governo do atual presidente também prevê aumentar a cobertura do transporte ferroviário assim como da navegação de cabotagem. Nesses dois pontos, o programa cita a criação de projetos de lei (PL) que permitam ou facilitem a concessão de trechos para a iniciativa privada.

De acordo com o site consultado, a privatização de grandes estatais e concessões de trechos para serem gerenciadas pela iniciativa privada é citada por todo o capítulo como uma solução que deve gerar barateamento dos custos e melhora da eficiência dos serviços.

Ainda conforme o Summit, o projeto defende a importância da sustentabilidade ambiental e  também prevê a continuidade de programas e políticas atuais de ajuda a PCDs.

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