O feriado da Páscoa é marcado por deslocamentos de famílias inteiras para visitar parentes em regiões litorâneas e serranas, e também para participar de festas religiosas, que acontecem em todo o Brasil. Por esse motivo, devido ao grande fluxo nas estradas, todo cuidado é pouco nessa época do ano.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2015 foram registrados 2.323 acidentes, desses, 163 foram considerados acidentes graves. No total, 1441 pessoas ficaram feridas e 103 morreram nas rodovias federais. Média diária de 464 acidentes, 21 mortos e 288 feridos.
De acordo com o Ministério das Cidades, os feriados da Semana Santa são sempre muito agitados. Ao contrário de outras épocas, como o Carnaval, em que os deslocamentos são em direção ao litoral, na Semana Santa o trânsito é mais difuso – além das praias, há deslocamentos para regiões serranas, visitas a familiares e festas religiosas. Como o número de veículos nas estradas aumenta durante esse período, os riscos de acidentes também. Por isso, o motorista deve estar atento às situações de perigo podem ser evitadas com a adoção de uma conduta responsável ao dirigir.
Manutenção preventiva
O motorista deve realizar revisões periódicas do veículo, principalmente antes viajar, para verificar as condições dos freios, suspensão, alinhamento, pneus, óleo do motor, carga de bateria, faróis e lanternas.
Álcool e fadiga
Além de proibido, dirigir sob efeito de álcool coloca em risco a vida de todos que trafegam na estrada. Se o motorista estiver com sono, também é uma condição perigosa que deve ser evitada.
Celular
O motorista precisa manter o foco na estrada e não dispersar a atenção com o uso de telefone celular, envio de mensagens, uso de redes sociais e outras tecnologias. A distração pode ser fatal.
Alta velocidade
Em uma situação de colisão, o fator “alta velocidade” aumenta a gravidade do acidente, portanto é imprescindível respeitar os limites de velocidade sinalizados. Com o veículo em alta velocidade, o motorista precisa de um espaço maior para frear bruscamente ou desviar do carro à frente. No caso de chuva, esta distância (e cautela de modo geral) deve ser dobrada. À medida que a visibilidade na estrada diminui, é prudente reduzir a velocidade.
Ultrapassagem
Grande parte dos acidentes graves em rodovias federais acontece devido a ultrapassagens irregulares. Colisões com veículos que vêm em sentido contrário são gravíssimas e geralmente resultam em várias mortes. Quem optar por ultrapassar um veículo deve em primeiro lugar não “colar” no veículo da frente para não perder o ângulo de visão e certificar-se de que há espaço suficiente para a manobra. Além disso, é necessário conferir pelos retrovisores a situação do tráfego atrás do próprio veículo, não esquecendo os pontos cegos. Ultrapassar pela direita é proibido.
Neblina
Essa condição adversa pode aumentar o risco nas rodovias. Os trechos e horários sujeitos à neblina podem e devem ser evitados, com o correto planejamento da viagem. Se não tiver como evitar essa situação na estrada, é importante manter um ritmo constante, sem acelerações ou reduções bruscas. É imprescindível o uso do farol baixo, mesmo de dia. O condutor não deve usar luz alta, pois ela piora a visibilidade, pela grande dispersão de luz emitida sob neblina. Nunca se deve parar no meio da pista, por pior que esteja a situação, pois colisões traseiras são muito comuns na presença dessa condição adversa. Parar somente em locais seguros, como postos de combustível ou atendimento da concessionária.
Cinto de segurança
O uso do cinto de segurança é imprescindível para a segurança dos ocupantes do veículo, pois reduz os riscos de fatalidades em acidentes de trânsito. Deve ser usado por todos os ocupantes, inclusive pelos passageiros do banco traseiro, estabelecido por regulamentação de trânsito.
Crianças no carro
Os adultos precisam estar atentos aos equipamentos de segurança adequados à idade, peso e altura da criança, as popularmente chamadas cadeirinhas. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) regulamentou a obrigatoriedade do uso de dispositivos de retenção no transporte de crianças de até sete anos e meio em automóveis. O não cumprimento dessa regulamentação resulta em infração gravíssima.
Pedestres
O índice de sobrevivência a um atropelamento com velocidade superior a 80 km/h é praticamente nulo. É importante evitar trafegar no acostamento e reduzir a velocidade em trechos em que há travessia de pedestres.