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Dia das Crianças: prevenção pode valer uma vida no trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 12/10/2018 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h10
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Criança no trânsitoMais que brinquedos, a bicicleta, o patins, o patinete e o skate representam liberdade e independência, mas esta brincadeira exige cuidados. Foto: Freeimages.com

Nesse 12 de outubro comemoramos o Dia da Criança. Com seus corpos mais frágeis e sua necessidade de proteção e cuidados, as crianças têm todos os seus direitos garantidos por Lei. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Infelizmente no trânsito, os pequenos estão em risco. Segundo dados do Ministério da Saúde, por ano, mais de 1200 crianças morrem no País como ciclistas, pedestres ou ocupantes de veículos. Isso quer dizer, mais de três crianças por dia são vítimas fatais do trânsito. Além disso, cerca de 11 mil são hospitalizadas por esses acidentes. Em 2017, a Seguradora Líder DPVAT pagou 18.119 indenizações para a faixa etária de 0 a 17 anos.

“No trânsito vale muito a máxima de que prevenir é melhor do que remediar. Estudos apontam que até 90% dos acidentes podem ser evitados”, explica Celso Alves Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito.

De acordo com Mariano, mudanças simples de comportamento podem reduzir ajudar a reduzir esses números.

No carro

A maioria das mortes de crianças, no trânsito, acontece quando ela está como ocupante de veículo. Do total de mortes em acidentes de trânsito (1.292 casos em 2016), 36% (469) ocorreram quando elas estavam na condição de ocupantes de veículo.

A única forma de prevenir mortes e lesões, nessa condição, é transportar as crianças em sistemas de retenção adequados para o peso e altura de cada um.

Conforme a legislação brasileira, crianças de até um ano de idade deverão utilizar, obrigatoriamente, o dispositivo de retenção denominado “bebê conforto”; com idade superior a um ano e inferior ou igual a quatro anos deverão utilizar o dispositivo de retenção denominado “cadeirinha”. Já as crianças com idade superior a quatro anos e inferior ou igual a sete anos e meio deverão utilizar o dispositivo de retenção denominado “assento de elevação”. Para maior segurança, as cadeirinhas devem ser certificadas e instaladas corretamente no veículo, de acordo com as instruções do manual.

Estudos americanos mostram que esses sistemas de retenção, quando instalados e usados corretamente, diminuem os riscos de morte em até 71% em caso de acidente “Crianças com menos de 1,45m devem usar  sempre equipamento de retenção no carro, o cinto é projetado apenas para adultos acima desse tamanho”, explica Mariano.

Mesmo para curtas distâncias, não é seguro dispensar o uso do equipamento. Estudos apontam que 60% dos acidentes de trânsito acontecem em um raio de três quilômetros de casa.

De acordo com Mariano, em motocicletas os cuidados devem ser redobrados. “Pilotar carregando um passageiro exige muito mais responsabilidade, habilidade e experiência. Transportar crianças requer cuidados em dobro, além disso, o transporte de menores de sete anos em motos é proibido por lei. Crianças abaixo desta idade não têm os reflexos e a habilidade necessária para se proteger numa eventualidade”, explica.

Na rua 

Do total das mortes de crianças por acidentes de trânsito, 30% (386) foram devido a atropelamentos. “A partir de uma certa idade, as crianças precisam desenvolver sua independência, isso faz parte do crescimento natural, mas ao atravessar a rua, a supervisão de um adulto é essencial”, explica o especialista.

O mais importante a fazer para ensinar um comportamento de pedestre seguro é dar o exemplo. “Atravessar as ruas olhando para ambos os lados, respeitar os sinais de trânsito e faixas para pedestres e fazer contato visual com os motoristas são regras básicas que devem ser seguidas, primeiro pelos pais e depois passadas aos filhos”, diz Mariano. Além disso, segundo o especialista, na rua a criança deve ser segurada pelo pulso, e não pela mão, com firmeza.

Brincadeiras

Mais que brinquedos, a bicicleta, o patins, o patinete e o skate representam liberdade e independência, mas esta brincadeira exige cuidados, pois um dos maiores perigos é a lesão na cabeça que pode levar à morte ou deixar a criança com sequelas permanentes. Além disso, essas atividades devem acontecer em locais seguros, como parques, ciclovias e praças e nunca na rua.  “O único jeito de reduzir o risco desse tipo de lesão é usar o capacete. Segundo estudos, com o equipamento é possível reduzir em até 85% o risco de traumatismo craniano em caso de queda”, conclui Mariano.

 

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