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22 de novembro de 2024

Dia da Mulher: apenas 18% das vítimas fatais no trânsito são mulheres, diz DPVAT


Por Mariana Czerwonka Publicado 08/03/2020 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 21h53
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Mulheres no trânsitoFoto: Arquivo Tecnodata.

O estudo “Mulheres no Trânsito”, divulgado pela Seguradora Líder (que administra o DPVAT), mostra que, em 2019, das mais de 353 mil indenizações pagas por acidentes de trânsito, apenas 25% foram destinadas às vítimas do sexo feminino. Se considerados apenas os pagamentos por mortes, a diferença entre os sexos é ainda maior: só 18% das vítimas eram mulheres, sendo a faixa etária dos 45 a 64 anos a mais atingida.

Segundo Celso Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal do Trânsito, o fato de a mulher ser mais cuidadosa tem muitas explicações, inclusive culturais.

“Elas começaram a dirigir com mais cautela já que as ruas eram tidas como um ambiente tipicamente masculino. Além disso, elas têm o instinto materno que, no trânsito, se manifesta como um maior cuidado para evitar acidentes e proteger a vida”, afirma.

Perfil da vítima

Ainda de acordo com o estudo, em uma análise por tipo de vítima, 16% das vítimas motoristas eram mulheres, enquanto 84% eram homens. A maior parcela das vítimas do sexo feminino era de passageiras dos veículos, representando 56% do total das indenizações pagas.

Quando analisada a categoria do veículo envolvido nos acidentes, 50% dos acidentes fatais envolvendo mulheres foram em automóveis e 37% motocicletas. Das vítimas do sexo feminino que ficaram com algum tipo de invalidez permanente, 76% se envolveram em acidentes com motos e 19% com automóveis.

Na avaliação estatística por região, o Norte chama a atenção porque, embora concentre apenas 6% da população feminina do país, os percentuais de indenizações pagas envolvendo mulheres foram de 9% para morte e 13% para invalidez permanente, ambos maiores do que a concentração de mulheres na região.

Já a região Sudeste, que possui os percentuais de indenização a mulheres mais altos do Brasil – morte (36%) e invalidez permanente (29%) – ficou abaixo da concentração de mulheres na região que é de 43%.

Para Mariano o preconceito com a mulher no trânsito ainda é grande.

“As pessoas não sabem, mas muitas mulheres participam dos bastidores da organização do trânsito, como diretoras de ensino, instrutoras em Centros de Formação de Condutores, e em decisões estratégicas, educacionais e de organização nos órgãos que administram o trânsito nas cidades e rodovias, ou estão na linha de frente como agentes da autoridade de trânsito ou em funções diretivas.

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