Desenvolvido na Espanha um sistema que detecta a condução agressiva


Por Mariana Czerwonka

Condução agressivaOs acidentes de trânsito em todo o mundo causam 1,3 milhões de mortes e 50 milhões de feridos por ano, sendo a principal causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos. As perdas pessoais devem ser adicionados aos enormes custos econômicos por danos materiais e despesas médicas, entre outros, estimadas em cerca de meio bilião de euros anualmente. Setenta por cento desses acidentes estão relacionados com o fator humano e imprudência, resultante da velocidade excessiva ou inadequada.

Induzir novos padrões de condução segura poderá impedir uma percentagem significativa de acidentes e mortes. Uma forma de promover essas mudanças no comportamento dos condutores passa por monitorar a forma como conduzem, detectar situações de condução inadequada e alertá-los a tempo, antes de um provável acidente.

Os primeiros trabalhos de pesquisa desenvolvidos nesta linha abordam o monitoramento por métodos invasivos, monitorizando sinais fisiológicos como o ritmo cardíaco, a respiração e o nível de estresse. Estes métodos, embora eficazes, ainda são indesejáveis porque geram desconforto para o condutor e representam uma causa adicional de distração. A questão é: é possível controlar a condução de forma eficaz com métodos não invasivos que passem despercebidos pelo motorista?

Um grupo de pesquisadores do Departamento de Matemática Aplicada às Tecnologias de Informação e às Comunicações da UPM conseguiu responder positivamente a esta questão. Demonstraram ser possível detectar um comportamento agressivo acompanhando apenas sinais externos da condução tais como a velocidade e aceleração. A chave reside no fato de a agressividade funcionar como um filtro linear sobre estes sinais.

A ideia no futuro é que este sistema de detecção precoce e em tempo real de condução imprudente possa ser integrado em smartphones, contribuindo de forma significativa para aumentar a segurança nas vias.

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