A nova tecnologia de radares em funcionamento, já implementada na maioria das cidades, permite fiscalizar a velocidade antes e depois de onde está instalado o equipamento. Isso ocorre porque eles utilizam uma tecnologia baseada da detecção do efeito Doppler para aferir a velocidade dos veículos. A dúvida é qual é o alcance da fiscalização desses novos radares? Esse foi o tema do Programa Tira-dúvidas do Portal do Trânsito, que tem o patrocínio da Tecnodata, como você pode ver acima.
Conforme Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito & Mobilidade, essa área de abrangência vai depender da regulagem com que foi instalado o equipamento e a topografia da região.
“Apesar disso, muitos órgãos de trânsito mantiveram uma área definida. Em Curitiba, por exemplo, é entre 10 e 20 metros após o equipamento. Essa é a área de leitura, é o novo laço com o qual é feito a medição de velocidade”, explica.
O especialista ainda faz uma recomendação. “Para não ter dúvidas, obedeça a velocidade máxima no trecho. Aí não tem multa”, alerta.
Entenda os novos radares Doppler e o alcance da fiscalização
Celso Mariano explica como funciona essa nova tecnologia. “Quando um veículo se aproxima ou se afasta de um observador, há uma variação na frequência das ondas sonoras. É fácil perceber, por exemplo, que o som de uma moto se aproximando é diferente do som que percebemos quando ela está se afastando. O efeito Doppler permite determinar com precisão a velocidade a velocidade do veículo ao se aproximar e ao se afastar”, explica.
Anteriormente, segundo o especialista, a velocidade era medida apenas durante a passagem pelo enlace cravado no piso. “Agora não, o radar consegue detectar a velocidade do veículo até 50 metros depois da passagem pelo aparelho, às vezes mais. Se durante a aceleração o veículo passar da velocidade permitida, poderá haver a autuação”, diz.
Além disso, os novos radares estão muito mais completos. Além de medir a velocidade, eles conseguem detectar conversões irregulares, mudanças de faixa não permitidas, parada sobre a faixa de pedestres e passar sob sinal vermelho. E também, em alguns casos, até condutor manuseando o celular.
Apesar de ser possível medir a velocidade antes e depois dos radares, em muitas cidades, como Curitiba, a fiscalização acontece em apenas um ponto, como acontecia na tecnologia anterior.