A fiscalização eletrônica é uma das ferramentas mais importantes e eficazes de controle de velocidade nas cidades. A afirmação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz ainda que, o aumento na velocidade média está diretamente relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à gravidade das suas consequências.
Para medir a velocidade nas vias existem dois equipamentos comuns nas cidades brasileiras: o radar e a lombada eletrônica. E uma das dúvidas bastante comuns é sobre a diferença desses aparelhos. Esse foi o tema de um de nossos programas Tira-dúvidas de trânsito que trouxe a seguinte pergunta: “Qual a diferença da lombada eletrônica e do radar? É o mesmo equipamento utilizado para coisas diferentes? Quando se usa um ou outro?” questionou a internauta Joana Vantes. Quem respondeu a dúvida foi Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito & Mobilidade.
De acordo com Mariano, a lombada eletrônica e o radar são basicamente o mesmo equipamento.
“É a mesma tecnologia ou mesmo o conjunto de tecnologias já que ao longo dos anos tem alguma variação sobre a forma com que é coletada a informação de que velocidade está sendo desenvolvida por determinado veículo. No entanto, a aplicação é diferente: a lombada é utilizada para uma redução pontual em determinado trecho. Isso é muito útil em pontos de cruzamento de pedestres ou acesso a locais de grande público como escolas, hospitais, shopping center e supermercados”, explica.
Já o radar, conforme o especialista, tem outra finalidade. “O objetivo do radar é fiscalizar efetivamente o cumprimento da obediência da velocidade autorizada naquela via. O radar é para conferir se a placa R-19 aquela da velocidade máxima está sendo obedecida naquele trecho da via ao longo da sua área de alcance”, destaca Mariano.
O especialista cita, ainda, que eles se confundem. Isso porque ultimamente o radar tem funcionado como lombada eletrônica, mas por um erro conceitual e um vício dos órgãos de trânsito do que propriamente pelo propósito tecnológico. “Apesar do desvirtuamento, as tecnologias nos ajudam a conferir se há ou não respeito ao limite de velocidade estabelecido pelo órgão de trânsito. E o que temos visto é que isso de fato não acontece ou acontece só pontualmente. Ou seja, radares sendo tratados como se fossem lombadas eletrônicas”, aponta.
Assista, na íntegra, a resposta do especialista Celso Mariano no Programa Tira-dúvidas de trânsito sobre a diferença da lombada eletrônica e do radar.
Excesso de velocidade
Conforme o Relatório Global da OMS sobre o Estado da Segurança Viária 2018 as lesões causadas no trânsito são a principal causa de óbito de crianças e jovens entre 5 e 29 anos, em todo o mundo. Além disso, o excesso de velocidade continua sendo um dos principais fatores de risco no trânsito. “A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em caso de perigo. Em alta velocidade, por exemplo, não há tempo suficiente para evitar o acidente”, conclui Mariano.