O instrutor teórico leva consigo a responsabilidade de fazer o aluno compreender a legislação, infrações, sinalização, primeiros socorros, cidadania, meio ambiente, mecânica e a agir defensivamente. Uma série de conceitos que precisam ser assimilados e, mais do que isso, um conhecimento que precisa ser absorvido pelo aluno de tal modo que ele compreenda tamanha a importância de respeitar e aplicar tudo aquilo e, principalmente, não esquecer na prática.
Já o instrutor prático, é um instrumento facilitador para que o aluno adquira habilidades para operar um veículo automotor. Ele é o responsável por ensinar o aluno a entender como é o funcionamento de um carro ou uma moto, mostra a ele como aquele conteúdo assimilado em sala de aula se aplica no dia a dia e, principalmente tem que aprender a lidar com as angústias, medos, autossuficiência de alguns alunos e arrogância de outros.
Reunimos em nós a teoria e a prática e, assim como a frase de Paulo Freire “A teoria sem a prática vira ‘verbalismo’, assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade”.
Em meio a controvérsias, assim como em todas as profissões, instruir é sentir-se orgulhoso de ver alguém progredir, conseguir, vencer os medos. E isso é o que faz com que muitos instrutores tenham escolhido essa profissão. Ensinar, particularmente, é um dos verbos mais nobres que existem. Ensinar, nada mais é do que, ter passado por situações que o fizeram aprender, para que assim pudesse ensinar, posteriormente a alguém, aquilo que você percebeu, talvez não da melhor forma possível, mas que quer repassar a alguém de modo mais fácil.
Por isso, caros instrutores, acreditamos que o motivo da escolha da profissão, em uma visão romântica que, propositalmente queremos ter, é a nobreza do sentimento, ao querer repassar a todos aqueles que passam por vocês, a experiência de alguém que quer, sobretudo, construir e usufruir de um trânsito melhor.