Ações têm sido realizadas por parte de pessoas que, preocupadas com a conscientização e com a emergência de atitudes para a redução de vítimas jovens de trânsito, buscam de alguma forma, melhorar essa realidade. A Elo Apoio Social e Ambiental, uma associação civil, sem fins lucrativos localizada em Curitiba, e que tem como missão qualificar e inserir no mercado de trabalho adolescentes aprendizes em situação de risco social, está desenvolvendo desde o dia 04 de maio uma série de atividades para marcar o Maio Amarelo. Ana Nicole Massaneiro, 16 anos, estudante da Elo acredita que os jovens não tem consciência das responsabilidades e da educação no trânsito e diz que é importante praticar nas escolas as conscientização nas questões de trânsito e inserir na cultura deles a prática correta.
Assim como o movimento do “Outubro Rosa” e o “Novembro Azul” sobre o câncer de mama e o câncer de próstata, respectivamente, o “Maio Amarelo” tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. Em maio de 2010 a Assembleia-Geral das Nações Unidas instaurou a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito” para que entre 2011 a 2020 ocorra a redução do número de mortes no trânsito e, desde então é realizado um esforço de alguns setores da sociedade para que esse objetivo seja alcançado e que as estatísticas divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 e 2,4 milhões, em 2030 sejam mudadas.
Após palestras as turmas têm a oportunidade de realizar uma ação de sensibilização, e podem participar também de um concurso cultural, em que os aprendizes são incentivados a criar um vídeo sobre o Motorista do Futuro. Lucas Voitech, 19 anos, aluno da Elo diz que o mais importante é que os jovens tenham consciência, principalmente, da velocidade no trânsito, pois “existem muitos adolescentes que pegam o carro para correr, achando que as ruas são pistas de corrida”, esclarece o aprendiz. Para ele, o carro é um transporte e não uma arma.
A coordenadora pedagógica da Elo, Cláudia Rodrigues Silva explica que esse é segundo ano que a Elo trabalha com o Maio Amarelo e que isso muda a mentalidade do adolescente. Para ela, “o tema trânsito tem congruência com o que a Elo pretende no desenvolvimento do jovem, pois ela insere o adolescente no mercado de trabalho como aprendiz, mas as intenções da associação são bem maiores, pois o objetivo é transformar elos de sustentação, elos sustentáveis para um mundo melhor”, ressalta.
Mariano diz que é necessário conscientizar esses jovens e futuros motoristas para que o trânsito se torne um ambiente mais seguro e brinca com os aprendizes ao dizer que é preciso ser egoísta no trânsito, ou seja, justamente por querer a sua própria segurança, por almejar um ambiente mais seguro, faz-se necessário conscientizar os demais, para que essa segurança seja alcançada, explica o especialista – “É importante encontrar o tempero correto para chegar até esses jovens e fazê-los não só entender, mas também querer mudar”, completa o palestrante do evento.