Entre as demandas para os professores, com a implementação do Novo Ensino Médio, estão os temas contemporâneos transversais. Ao todo, são previstas quinze temáticas em 6 macroáreas a serem abordadas de forma articulada ao currículo. Na macroárea de Cidadania e Civismo, está a Educação para o Trânsito, ou seja, tema que se faz urgente em 2023, em um país onde 48% das vítimas de trânsito encontram-se na faixa-etária entre 18 e 34 anos, segundo o último Relatório da Seguradora Líder, de 2020.
Para estimular os educadores a abordar esse tema com o público jovem, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) oferta gratuitamente o curso online “Inovação e Transversalidade no Ensino Médio: integrando a Educação para o Trânsito aos Saberes Escolares por meio do Programa Conexão DNIT”, que está com inscrições abertas e tem início em 27 de fevereiro de 2023. O curso está hospedado na plataforma AVAMEC, dividido em quatro módulos, a serem feitos entre fevereiro e maio do próximo ano. Os concluintes terão direito a certificação de 80 horas.
5 razões para abordar a Educação para o Trânsito
Não faltam bons motivos para desenvolver esse tema em sala de aula. O Código de Trânsito Brasileiro, de 1997, por exemplo, prevê a Educação para o Trânsito em todos os níveis de ensino, desde a pré-escola até o Ensino Superior.
A efetivação desse disposto legal deve se dar através da ação conjunta de órgãos de Trânsito e Educação. Com essa medida, pretende-se mitigar as mortes no trânsito em nosso país, que figurava como terceiro do mundo com mais vítimas no Global Status Report on Road Safety 2018, relatório da Organização Mundial da Saúde.
A seguir, o DNIT elenca algumas razões para incluir a educação para o trânsito no seu planejamento de ensino para 2023:
- A Educação para o Trânsito pode salvar vidas
- Dialoga diretamente com o Projeto de Vida
- Suscita o protagonismo e o autocuidado entre os estudantes
- Mobiliza toda a comunidade escolar
- O tema gera engajamento e enriquece os saberes escolares
Além disso, segundo estudos do Banco Mundial com a Bloomberg Philanthropies, 93% das mortes no trânsito ocorrem nos países de baixa e média renda, e se o Brasil reduzisse a sinistralidade no trânsito pela metade, isso poderia representar um aumento no PIB entre 15 e 22%, em até 24 anos.
Para atingir essa meta, é importante que se observe o tripé da segurança viária: a Engenharia, a Legislação assim como a Educação para o Trânsito.