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07 de setembro de 2024

A arte de instruir no processo de formação de condutores


Por Tecnodata Educacional Publicado 20/02/2019 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h06
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Instrutores de trânsitoFoto: Arquivo Tecnodata.

Há muitas teorias a respeito das influências do meio sobre o comportamento do homem. Mas se há algo que todas as teorias concordam é que o homem é um ser social e interdependente. Em se tratando de trânsito, devemos lembrar que é um ambiente social, o maior que existe. Independente da forma como o utilizamos, fazemos parte dele para chegar aos locais onde queremos e precisamos estar e precisamos aprender a conviver neste espaço respeitando o espaço do outro.

Onde iniciamos esse treinamento? Muitos dirão que é em casa com os primeiros instrutores que são os pais. Sim, sem dúvida os pais têm grande responsabilidade nesse processo de formação de pessoas melhores, não só no trânsito como na vida. No entanto, os Instrutores dos CFCs sistematizam o conhecimento voltado para as questões relacionadas ao trânsito. Eles irão regar essa semente para que ela possa florescer. É dentro do CFC que essa magia acontece!

Quem de nós quando criança ou adolescente, antes dos 18 anos, não brincou em um carro, ou mesmo sonhou estar atrás de um volante dirigindo? Poucos não tiveram esse sonho.

Quando chega o grande dia, os jovens vão em busca da realização de seu sonho e chegam ao CFC para iniciar o processo para obter a sua 1ª Habilitação. Lá, em meio a tanto conteúdo importante, estudam e são moldados para se tornarem bons condutores por profissionais treinados nessa arte. O papel dos Instrutores vai muito além de apresentar o conteúdo: eles apresentam o mundo mágico da convivência em um ambiente complexo e nem sempre tão seguro.

Agora imaginemos um ambiente como esse comandado por máquinas, dirigido por aplicativos! Não podemos sequer pensar nessa possibilidade. Não há como preparar o ser humano para a convivência na sociedade sem que ele conviva com outras pessoas, afinal não somos máquinas!

A Dra. Andréia Kleinhans, Mestre em Psicologia diz que:

“Como seres biológicos socioculturais necessitamos da interação e constante troca com o outro, assim, em todos os ambientes em que o homem transita irá influenciar e ao mesmo tempo ser influenciado pelo comportamento dos demais. As habilidades sociais são aprendidas e compreende o conjunto de comportamentos necessários para o convívio saudável em sociedade. Em casa com a família, na escola, no trabalho e no trânsito é necessário o uso da empatia “colocar-se no lugar do outro” uma das mais importantes habilidades sociais. Dessa forma, para sermos respeitados também precisamos respeitar as leis de trânsito e, de convívio, que permeia os comportamentos saudáveis em sociedade.”

A tecnologia auxilia e muito o nosso dia a dia, haja vista quando o Whatsapp saiu do ar por um tempo! Todos os usuários dessa poderosa ferramenta se viram órfãos. No entanto, a convivência humana não pode ser substituída por aplicativos, ainda mais em fase de aprendizagem, como é o caso da formação de condutores. Para sermos pessoas melhores, em qualquer lugar, precisamos da convivência com outras pessoas, só assim aprendemos o respeito, desenvolvemos a empatia.

Mas a tecnologia é importante? Sim, é. Há coisas muito importantes que a chegada da tecnologia nos trouxe: desde o pagamento de uma simples conta até o diagnóstico de doenças graves. Um CFC com um programa de gestão bem estruturado por exemplo, vai poder oferecer um serviço de melhor qualidade para os seus alunos, vai permitir acompanhar a programação de aulas e gerenciar tudo, que, muito além das questões acadêmicas, um bom programa de gestão vai trazer uma enorme eficiência e economia para o CFC! É a tecnologia a serviço do homem e não o contrário. O importante é qualificar as pessoas para que utilizem bem as ferramentas disponíveis, não as retirar do seu trabalho.

Há alguns anos, quando o mercado brasileiro se abriu para as novas tecnologias, muito se falou do fechamento de postos de trabalho, no entanto o que aconteceu foi a requalificação de trabalhadores para utilizar os novos equipamentos o que acabou sendo uma parceria de sucesso!

A que conclusão chegamos então? O ser humano não vai ser substituído nunca! O Instrutor é peça fundamental e essencial dentro do CFC. Ele é que vai, mais do que transmitir conteúdo, repassar aos seus alunos os valores necessários para a convivência pacífica e harmoniosa em nosso trânsito.

 

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