Após morte do filho, pai cria campanha pelo endurecimento das leis de trânsito
A perda precoce do filho, de apenas 25 anos, fez o pai criar uma campanha para o endurecimento das leis de trânsito, principalmente as que punem condutores embriagados.
Infelizmente a trágica história é mais comum do que se gostaria. Pedro Caetano, de apenas 25 anos, é mais uma vítima fatal do trânsito brasileiro. Segundo familiares, o jovem teve seu carro atingido por uma caminhonete dirigida por um condutor embriagado. O sinistro ocorreu no início de dezembro, mas Pedro lutou até a última quarta-feira (05) pela própria sobrevivência. Não resistiu.
O pai de Pedro, Rondon Caetano, que é jornalista da Prefeitura de Palmeira dos Índios, determinado em lutar por uma causa muito nobre, não deixando essa perda ser em vão, decidiu criar a campanha denominada “Lei Pedro Caetano” para cobrar o endurecimento das leis de trânsito, principalmente as que punem condutores embriagados.
“Conto com apoio de todos e a união das famílias que sofrem o mesmo trauma que minha família está sofrendo. Artistas e políticos que quiserem se juntar a nós serão bem vindos. Sua morte não foi em vão”, publicou o pai em suas redes sociais.
O acidente
O acidente aconteceu no dia 05 de dezembro de 2021 em um trecho da BR-316, em Dois Riachos, no Sertão de Alagoas.
Alteração recente
Recentemente o Código de Trânsito Brasileiro foi modificado no sentido de endurecer as penalidades de crimes de trânsito praticados por condutor embriagado. Conforme a nova lei, que entrou em vigor em abril de 2021, fica proibida a substituição das penas privativas de liberdade por penas restritivas de direitos nos crimes de homicídio culposo e de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Isso quando provado que o condutor estava com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa.
O que isso significa?
Ao conduzir um veículo em estado de embriaguez, o condutor que matar ou lesionar alguém no trânsito, mesmo que não tenha tido a intenção, se for condenado à prisão não poderá substituir a pena por serviços comunitários.