Para economizar, os motoristas de aplicativo estão cancelando corridas e trabalhando mais horas por dia. Leia a matéria!
A inflação tem afetado a vida de todos os brasileiros, mas em especial dos motoristas de aplicativo. Por causa do aumento do preço da gasolina, as corridas têm se tornado menos lucrativas e os profissionais estão tendo de trabalhar mais horas por dia para conseguir pagar as despesas de casa, arcar com a manutenção do carro e abastecer.
Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do litro de gasolina nas duas últimas semanas passou de R$ 6,32 para R$ 6,36 – um aumento de 0,61%. Esta já é a 12ª semana seguida de alta.
O total acumulado no ano é de 41,96%. Alguns estados já estão comercializando o litro de gasolina por um valor acima de R$ 7.
A previsão para as próximas semanas não é nada animadora. Especialistas afirmam que os preços podem subir ainda mais, por conta da alta do dólar e do aumento do preço do barril de petróleo. Para completar, algumas distribuidoras alertam para o risco de desabastecimento.
Motoristas de aplicativos
Uma das reclamações dos motoristas de aplicativo é o baixo valor repassado a eles pelas empresas Uber e 99, por exemplo. Embora o preço da gasolina crescesse a cada semana, os apps continuaram a cobrar e a transferir a mesma quantia pelas corridas realizadas. Dessa forma, os motoristas trabalhavam tanto quanto antes, mas ganhavam menos.
Essa situação causou uma onda de cancelamento de corridas.
Os motoristas passaram a avaliar o trajeto e a priorizar aqueles mais longos, que, portanto, pagassem mais. Se o local de embarque do passageiro for distante de onde o motorista se encontra, essa corrida também tem altas chances de ser cancelada. Afinal, qualquer economia vale a pena.
Os usuários de aplicativos de mobilidade urbana têm relatado dificuldades para ter uma corrida aceita. Após vários cancelamentos e uma espera que pode chegar a 40 minutos é que eles conseguem embarcar.
Diante dessa situação, as empresas Uber e 99 aumentaram as taxas de repasse para os motoristas.
Ainda assim, os profissionais argumentam que o valor não é suficiente para cobrir o aumento da gasolina e estão buscando outras formas de economizar para continuar trabalhando.
Há quem esteja optando por alugar um carro para economizar. Dessa forma, é a locadora de veículos que fica responsável pelos custos de seguro, manutenção, IPVA, entre outros. Além disso, o motorista não precisa se preocupar com a desvalorização do modelo. Em meio a um cenário incerto, essa pode ser uma saída para lucrar mais.