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21 de novembro de 2024

A engenharia de tráfego e o planejamento urbano para um trânsito melhor


Por Celso Mariano Publicado 23/11/2018 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h09
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Um reencontro de amigos egressos da mesma universidade, mas que só se conheceram anos após a faculdade. Neste Sala de Visitas, o diretor do Portal do Trânsito, Celso Mariano, que graduou-se na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS) em 1988, recebeu o Professor Dr. Carlos José Antônio Kümell Félix, formado em 1986. Foi no I Seminário Internacional de Trânsito realizado em 2014, em Porto Alegre, que os dois especialistas em trânsito se encontraram e se conheceram, identificando-se com uma visão comum sobre a necessidade de humanizarmos nossa mobilidade. 

No 1º Bloco do programa, o Prof. Félix explica porque este é o século da cidade. Fala sobre o aumento significativo da perspectiva de vida do brasileiro.  Entre 1950 e 1960 o Brasil se urbanizou. A partir de 2007, considera-se que a humanidades como um todo, deixou de ser rural para virar urbana. Félix faz referência ao livro “O que é a cidade?”, de Raquel Rolnik. 

A engenharia de tráfego deve ou não levar em conta fatores culturais, valores e ética das populações? Esta pergunta norteia a conversa neste 2º Bloco. O Prof. Félix faz referência ao livro “A Terceira onda”, de Alvin Tofler, e sua “cabana eletrônica”, e fala sobre as atuais complicações enfrentadas pelo planejamento urbano. A disponibilidade e o uso dos diferentes modais, a redução dos deslocamentos proporcionados pelas novas tecnologias, o envelhecimento da população e as questões que interferem no planejamento urbano como infraestrutura e segurança, foram debatidas neste bloco do programa.

Será que a Engenharia de Tráfego sabe o quê fazer? Félix foi Secretário de Trânsito da cidade de Santa Maria/RS e falou sobre a experiência na elaboração de um Plano Diretor de Mobilidade Urbana, uma inovação, à época. Hoje esse planejamento é considerado exigência mínima para as cidades. A importância da conectividade, o papel dos agentes da autoridade de trânsito, e uma visão otimista em um futuro para a mobilidade comprometida com a vida, foram abordados neste 3º Bloco.

A tecnologia vai nos salvar? Félix aborda o problema da velocidade, citando a Curva de Ashton, o nosso maior problema. Para seguir as diretrizes internacionais, as áreas centrais das cidades deveriam baixar a velocidade máxima para 40 km/h. A conversa deste 4º Bloco girou em torno da necessidade das cidades criarem infraestrutura para as pessoas. Já as pessoas, precisam de uma mudança comportamental.

O que virá primeiro: carros autônomos ou vias inteligentes? Num contexto onde a populaça envelhece e os jovens começam a perder o interesse pelos carros, a tecnologia traz uma avalanche de inovações causando uma revolução onde conhecidas marcas do universo dos softwares começam a ocupar espaço de tradicionais marcas de fabricantes de veículos. É um grande impacto. Neste futuro que já começou a chegar, os carros precisam oferecer segurança para condutores idosos. Assista o 5º Bloco:

Foco no transporte coletivo: desde 2015, por conta de uma Emenda Constitucional, o transporte passou a ser um direito do cidadão brasileiro. O planejamento urbano e a infraestrutura das cidades precisa, portanto, estar preparada para o transporte coletivo. O Prof. Carlos Félix explica porque esta não é uma tarefa fácil. Nossa vida em sociedade pressupõe e demanda muita mobilidade. Por outro lado, não há como simplesmente proibir o uso dos veículos de transporte individual. Compreender e diminuir os conflitos é imperativo. Este foi o tema do 6º Bloco.

No 7º e última Bloco, o tema foi “A Universidade que serve a comunidade”: o Prof. Carlos Félix idealizou e criou o GEMOB, um grupo dentro da UFSM que atua interna e externamente ao campus, levando soluções práticas para além do ambiente acadêmico. Ele citou os projetos das faixas de pedestres da Rua Dr. Bozano, em Santa Maria, em que uma intervenção projetada pelo grupo melhorou em 80% o fluxo dos pedestres, com um aumento de apenas 20% no tempo de espera dos carros, e também o projeto de Parklet, prestes a ser implementado. Veja o local (clique aqui).

 

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