As novas tecnologias veiculares vêm transformando o setor automotivo, alguns carros hoje tem a mesma capacidade de 20 computadores e possuem cerca de 100 milhões de linhas de código de programação. A atenção do mercado está voltada principalmente para o desenvolvimento e capacidade do veículo se conectar com o mundo exterior, melhorando a experiência de bordo do condutor e passageiros.
Em alguns países como Alemanha, Estados Unidos e Brasil, 13% dos consumidores já não estão dispostos em comprar um novo carro que não possua acesso à internet, segundo a pesquisa “Connected Car Consumer Survey 2014” da McKinsey. Dessa forma, é possível afirmar que a quantidade de recurso digital conectado em um carro está crescendo em linha com a expectativa dos consumidores.
Um fato importante de ressaltar, é que o desenvolvimento dos veículos é mais longo se comparado com as atualizações de softwares, tornando a introdução da inovação tecnológica mais gradual.
Os recursos de um veículo conectado têm várias categorias, como por exemplo:
- conexão com aplicativos de Smartphone;
- conexões de internet (fornecem alerta de tráfego, colisões, alagamentos, manifestações ou de segurança em tempo real);
- assistência de agenda (serviço emite alertas para o motorista iniciar o percurso e chegar a tempo em um compromisso do calendário. Além disso, enviar mensagens para amigos ou parceiros sobre os horários de chegada);
- som (músicas, podcast e rádio que reproduzem de acordo com o seu estado de espírito);
- comando de voz (o sistema interage com comandos de voz simples como “reproduza minha música” até um “estou com fome”. Isso fará com que o sistema exiba restaurante próximos a você);
- WI-FI hotspots (conexão ao wi-fi dentro do veículo com a instalação de um SIM card ativo);
- oferta de serviços (sistema que compreende as preferências do motorista e oferecer assistência);
- bluetooth (permite a conectividade sem fio, para ligações ou transmissão de música);
- assistência de estrada (equipe de atendimento ajuda motorista em caso de acidente, contactando as autoridades e o resgate);
- diagnósticos de automóveis (os sistemas alertar a manutenção necessária e os problemas com o próprio carro);
- prognósticos preditivos (o motorista recebe avisos quando o motor de arranque, motor de combustível ou bateria estão prestes a falhar)
- relatórios de saúde (os proprietários recebem relatórios de saúde que são captados por sensores);
- aplicações remotas (ligar o motor, abertura e fechamento da porta, acionamento do ar condicionado, localização do veículo, etc).
A promessa de todas as tecnologias criadas e que estão sendo adaptadas, é que a experiência de direção será mais eficiente, segura e com redução de congestionamento. Mas como qualquer novo progresso, há preocupações com a privacidade e segurança dos dados.
No ano passado, durante uma conferência de Hackers no Canadá, uma equipe invadiu um Tesla Model 3 em menos de 2 minutos. Isso rendeu US$350 mil para o grupo.
O mundo de carros andando sozinhos pode ser o objetivo daqui alguns anos, mas ainda existem diversas dificuldades que precisam ser avaliadas, principalmente no Brasil, como fato de que atualmente não temos nem cobertura celular em 100% das estradas e rodovias.