Buracos na pista podem interferir no sistema de exaustão do caminhão
Adaptações no escapamento não são recomendas, pois além de influir na perda de potência do veículo, ainda pode ocasionar acidentes. Item verificado durante a inspeção ambiental veicular, o sistema de exaustão deve ser checado periodicamente para não causar prejuízo no bolso dos motoristas
O sistema de exaustão, formado por turbo do motor, (flexível),catalisador, silencioso intermediário e silencioso traseiro, pode influir nas emissões de poluentes dos caminhões e causar reprovação na avaliação de inspeção veicular, quando a manutenção de seus componentes não está em dia. “É preciso fazer manutenção periodicamente no silencioso, tubulação do sistema de exaustão e flexíveis”, afirma Jonas Luiz Meros, analista de produtos da Tuper Escapamentos e Catalisadores, acrescentando: “Há necessidade também de verificar se não há vazamento ou furos no silencioso principal, onde se faz a redução do ruído”. Segundo Meros, a análise deve ser realizada em todo o sistema, desde a saída de motor, toda tubulação, flexível, até o silencioso e a ponteira. A checagem pode ser feita pelo próprio caminhoneiro ou em uma oficina de confiança.
“Estradas esburacadas podem danificar os componentes do sistema de exaustão”, ressalta. Ao contrário dos veículos movidos à gasolina ou a álcool, dificilmente os escapamentos dos caminhões sofrem com a oxidação já que o diesel é menos corrosivo. A quebra prematura acontece, geralmente, pelos solavancos nas rodovias.
Adaptações: risco de acidentes
Não é recomendado fazer adaptações no escapamento. “Alguns motoristas trocam o silencioso por um tubo pensando em economia de combustível e acabam criando um problema, pois o caminhão perde em desempenho, potência e em redução de ruídos, sem contar que os poluentes lançados no meio ambiente aumentam”, adverte o analista de produtos. Amarrar o escapamento também é um ato condenado já que a queda poderia causar acidentes graves, assim como soldar tubos, trocar suportes e eliminar flexível.
Entre as conseqüências das adaptações, Meros cita a quebra durante a movimentação do veículo, nível de ruído além do permitido, excesso de fumaça preta, além de ser uma forma de prejudicar o bom funcionamento do motor e elevar o consumo de combustível.
Sinais de desgaste
Ruído excessivo pode ser indício de que componentes do sistema devem ser substituídos. “A tampa interna do silencioso pode ter quebrado ou a lã arrastada”, acrescenta. A perda de potência do caminhão também pode indicar entupimento do escapamento.
Para evitar prejuízos, é aconselhável fazer a manutenção preventiva, que é, em média, 30% mais econômica que a corretiva. Segundo o analista de produtos, às vezes, não é necessário trocar todo o sistema de exaustão, somente alguns componentes.
Caso seja necessário trocar o catalisador, Meros lembra: “A substituição da peça deve levar em conta o modelo do veículo e sua motorização, além disso, o catalisador deve conter o selo do Inmetro, uma forma de garantir a qualidade do produto no mercado de reposição”. A medida está em vigor desde abril de 2011 e a lista dos fabricantes homologados pelo Inmetro está disponível no site www.inmetro.gov.br.