Brasil dá o primeiro passo a favor dos carros elétricos
O Brasil ainda está engatinhando nas políticas de incentivo a veículos que utilizam tecnologias de baixas emissões de poluentes, caso dos híbridos e elétricos. Tanto é que governo não tinha intenção de criar uma política especial para este segmento no Inovar-Auto, novo regime automotivo do País. Felizmente, na última segunda-feira (20), foi publicada uma alteração na regulamentação que inclui os veículos verdes no cálculo da eficiência energética dos carros vendidos no Brasil. Pela nova regulamentação, as montadoras se comprometem a melhorar em, no mínimo, 12% a eficiência energética de seus produtos até 2017 – sob a pena de multas pesadas no caso de descumprimento. Aquelas que conseguirem atingir as metas terão descontos extras no IPI, em até dois pontos percentuais. A inclusão dos veículos energéticos no regime é um tímido sinal de que o Brasil começa a avançar neste campo. No entanto, a lentidão na renovação das leis de tributação é um empecilho e tanto no processo. Para se ter uma ideia, os automóveis “ecológicos” não possuem tributação especifica, ou seja, são enquadrados com a alíquota de 55% – a mais alta do IPI. Já para os híbridos a alíquota varia de acordo com o tipo do motor a combustão utilizado pelo veículo, mas também é alta. Adiciona-se a isso mais 35% de imposto de importação – já que nenhum desses carros é produzido no país – e os preços dos veículos vão parar nas alturas, afastando compradores e desestimulando as montadoras a desenvolverem tais tecnologias por aqui. Os fabricantes que já comercializam veículos verdes no Brasil, como as japonesas Toyota e Mitsubishi, agora esperam que o governo reconheça o peso desses automóveis no cálculo da eficiência energética e também reduza os impostos. O subsídio das autoridades – como já ocorre nos países desenvolvidos – é imprescindível para que os elétricos possam ser disseminados no País.Tendo os itens supracitados resolvidos, ainda esbarraríamos na falta de infra-estrutura, como postos de recarga para as baterias. Caminhando a passos de tartaruga Obviamente, o panorama brasileiro está bem atrasado no quesito carros verdes. A Nissan, por exemplo, utiliza 10 veículos Leaf cedidos em comodato para a frota de taxis de São Paulo. No Rio de Janeiro, este sistema foi implantado recentemente graças a uma parceria da Prefeitura da cidade com a marca japonesa e a Petrobras. Porém, a “frota” é composta por apenas duas unidades até agora. Já o i-MiEV da Mitsubishi é o único automóvel totalmente elétrico disponível para compra no Brasil, mas o preço assusta. Segundo a marca já foram vendidas sete unidades pela bagatela de R$ 200 mil. A Toyota, no entanto, tem apresentando melhores resultados com a venda do híbrido Prius. Por R$ 120.830 já foram vendidas 154 unidades neste ano. Fonte: Carros.ig