Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

Até 2030, acidentes de trânsito serão a sétima maior causa de morte, aponta relatório da WRI e Banco Mundial


Por Assessoria de Imprensa Publicado 30/07/2019 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h01
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Assessoria de Imprensa Perkons

por Paula Batista

Estudo sobre acidentesA diminuição da velocidade é um importante fator para salvar vidas. Foto: Perkons

Evidências de 53 países e mais de 20 anos de experiências políticas representativas mostram que vias seguras salvam vidas. Essa é uma das principais conclusões da mais nova pesquisa do World Resources Institute (WRI) e do Global Road Safety Facility (GRSF) do Banco Mundial, chamada “Sustentável e Seguro – Visão e Diretrizes para Zerar as Mortes no Trânsito”. Conforme o estudo, as fatalidades decorrentes de acidentes de trânsito são a 10ª principal causa de morte no mundo, responsáveis pela perda de 1,25 milhões de vidas a cada ano.

Conforme os dados apresentados, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte de pessoas na faixa entre 15 e 29 anos. A realidade é ainda mais grave nos países de baixa e média renda, com uma taxa de mortalidade no trânsito de 24 e de 18 pessoas a cada 100 mil habitantes respectivamente. A conclusão é implacável: se ações não forem tomadas agora, até 2030 o trânsito será a sétima maior causa de morte no mundo inteiro.

Trânsito mais seguro: uma questão de saúde

O estudo mostra também que as velocidades reduzidas, em áreas urbanas, não só diminuem a taxa de acidentes como também podem reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Desenhos viários que limitam a velocidade e permitem uma condução mais suave, sem a necessidade de acelerar e desacelerar intensamente contribuem para reduzir as emissões de dióxido de carbono em cerca de 30%, auxiliando em melhores condições de saúde da população.

Outro fator apresentado é que a substituição dos cruzamentos semaforizados por rotatórias, na Suécia, por exemplo, resultou em diminuição do consumo de combustível e das emissões, bem como na redução do risco de colisões em 40%. Ou seja, reduzir a velocidade não só salva vidas como pode também dar retorno econômico e melhorar a qualidade de vida.

O relatório aponta ainda que a velocidade determina a gravidade dos acidentes e lesões. Ela afeta também a possibilidade de evitar um acidente, porque as velocidades mais elevadas reduzem a capacidade dos motoristas de parar a tempo, diminuem a margem de manobra para evitar um problema, tornam mais difíceis as manobras em curvas ou esquinas e fazem com que os outros usuários julguem incorretamente o tempo de aproximação dos veículos. Até mesmo pequenos acréscimos na velocidade resultam em aumentos significativos nos riscos.

“Já sabemos que velocidade aumenta exponencialmente a possibilidade de morte em caso de acidente. Se atropelado por um automóvel a 32km/h, um pedestre tem 30% de chance se sobreviver ileso. Já em uma batida a 64km/h, essa chance é de 0%. A velocidade pode e deve ser gerenciada através de vários elementos do sistema, incluindo um desenho viário consistente e boa administração das vias, limites adequados de velocidade, regulamentação desses limites, equipamentos de fiscalização eletrônica e informação sobre os impactos da velocidade empregada”, diz o especialista em trânsito e diretor da Perkons, Luiz Gustavo Campos. “Infelizmente, morte sempre vem à mente quando falamos em trânsito. Acidentes, sequelas, perda de vidas no trânsito, são expressões comuns quando esse é o assunto. Mudar esse cenário é urgente. A violência viária tem que acabar”, completa.

Receba as mais lidas da semana por e-mail

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *