Fenômenos climáticos podem interferir na segurança do trânsito, alterando as condições da via, diminuindo a capacidade visual do condutor, e modificando padrões de condução e comportamento dos veículos, como a aderência dos pneus e a estabilidade. E um deles é a aquaplanagem, comum em pistas molhadas. Veja o que é como evitar situações de risco causadas pela aquaplanagem.
A condição adversa de chuva reduz a visibilidade, diminui a aderência dos pneus ao solo (principalmente em curvas), aumenta consideravelmente o espaço percorrido em frenagens e dificulta manobras de emergência. Além disso, durante ou após as chuvas, a água acumulada sobre a pista pode provocar situações especiais de perigo: trata-se da AQUAPLANAGEM ou HIDROPLANAGEM. Este é um fenômeno no qual os pneus não conseguem remover a lâmina de água e, literalmente, perdem o contato com a pista.
A aquaplanagem ocorre pela combinação dos seguintes fatores:
- Excesso de água na pista.
- Velocidade incompatível.
- Pneus com profundidade de sulco insuficiente (carecas).
Conforme Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito & Mobilidade, durante a aquaplanagem, a direção fica repentinamente leve e o condutor perde o controle do veículo. “No caso de motocicleta, torna-se muito difícil controlá-la e a queda é praticamente inevitável”, explica.
Como evitar situações de risco durante a aquaplanagem
De acordo com o especialista, condutores de automóveis e motocicletas devem adotar alguns procedimentos em caso de aquaplanagem. São eles:
- Segurar firmemente o volante ou o guidão, sem virá-lo. Rodas dianteiras viradas para um dos lados podem levar ao capotamento quando a aderência voltar a existir entre os pneus e a pista.
- Desacelerar o veículo e diminuir a velocidade, mas não frear bruscamente, pois se as rodas estiverem travadas no momento que voltar o contato dos pneus com a pista, o veículo se desgovernará.
- Estabelecer um padrão seguro de velocidade para a situação.
“É dever do proprietário do veículo trocar os pneus sempre que a profundidade dos sulcos atingir 1,6 mm. Adiar a hora da troca é uma economia que não vale a pena”, conclui.