Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

07 de setembro de 2024

Apenas um em cada dez brasileiros usa o cinto no banco traseiro do carro


Por Mariana Czerwonka Publicado 12/08/2011 às 03h00 Atualizado 10/11/2022 às 18h48
Ouvir: 00:00

Apenas um em cada dez brasileiros usa o cinto no banco traseiro do carro. Isso tornou o banco traseiro o lugar mais perigoso do veículo. Em colisões a 50 km/h, uma criança de 20 quilos se projeta contra o banco da frente com uma força de 300 quilos.

O cinto tem salvado a vida de milhares de motoristas. Foi o caso do homem que dirigia o carro que capotou ontem numa rodovia em São Paulo.

Um flagrante foi feito pelas câmeras da rodovia Anhanguera, no interior de São Paulo. O motorista perdeu o controle da caminhonete, bateu na mureta e capotou.

O homem se feriu levemente porque usava o cinto de segurança. O uso do cinto já se tornou um hábito entre os motoristas, mas é ignorado pelos passageiros que andam no banco de trás.

“O lugar mais seguro de um veículo, quando utilizando o cinto de segurança, é o banco de trás. Sem o cinto se torna o local mais perigoso do veículo”, garante Fernando Moreira, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.

Simulações de acidentes da Universidade de Campinas mostram o que acontece durante uma batida. O passageiro sem cinto no banco de trás é impulsionado para frente.

Em colisões a 50 km/h, uma criança de 20 quilos se projeta contra o banco da frente com uma força de 300 quilos. Um adulto de 60 quilos é lançado com um peso de quase uma tonelada.

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, enquanto 90% das pessoas usam o cinto de segurança no banco da frente, o mesmo percentual, 90% não usam o cinto aqui atrás. Um risco enorme de lesão pra quem está sem a proteção e também para os ocupantes dos bancos da frente.

“Você pode ter traumatismo craniano, a lesão da coluna vertebral que é uma lesão potencialmente grave, e lesões no tórax, lesões no abdômen quando envolver também estruturas internas, órgãos internos com possíveis complicações agudas”, explica o médico.

Há sete anos, Fernanda sofreu um acidente de carro e ficou paraplégica. A bancária estava no banco da frente e na hora do impacto, foi atingida pela sobrinha que estava sentada atrás, sem cinto. “Se eu tivesse a consciência de que é importante e todo mundo tivesse de cinto, isso não teria acontecido comigo”, diz Fernanda da Silva, bancária.

“O condutor é responsável por essa pessoa que está no banco de trás então ele deve cuidar da segurança dessa pessoa e também aumentar a sua própria segurança”, afirma Fernando Moreira.

Fonte: Jornal de Floripa

Receba as mais lidas da semana por e-mail

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *