Álcool e jovem no trânsito é uma mistura perigosa


Por Talita Inaba

É de conhecimento geral que jovens motoristas são mais suscetíveis a acidentes de trânsito em comparação aos adultos. Uma análise de dados de abrangência nacional nos EUA sobre a condução de veículos sob o efeito de álcool salientou essa discrepância. Segundo a análise, os jovens podem ter suas vidas poupadas com a aprovação da proposta de redução do teor máximo de álcool permitido. A recomendação de reduzir o teor alcoólico permitido de 0,08% para 0,05%, padrão na maioria dos países industrializados, foi feita pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos aos 50 Estados do Distrito de Columbia. Os menores de 26 anos são responsáveis pela maior parte das mortes em acidentes de carro nos Estados Unidos, sem levar em consideração o consumo de álcool. O álcool foi encontrado em 21% dos jovens condutores envolvidos em acidentes fatais, porcentagem superior à de outras faixas etárias. Os pesquisadores têm demonstrado que, mesmo em quantidades pequenas, o álcool pode prejudicar a capacidade de concentração ou de realização de duas tarefas simultaneamente. Uma ou duas doses podem causar perda de raciocínio e diminuição do tempo de reação nos motoristas menos experientes, o que pode provocar acidentes fatais. “Os motoristas mais jovens possuem um diferencial de risco maior entre os teores 0,08% e 0,05%”, afirmou Deborah A.P.Hersman, presidente do conselho. “A redução do limite legal pode fazer com que as pessoas passem a ponderar mais antes de tomar a segunda, terceira ou quarta dose, pois cada uma aumenta exponencialmente o nível de risco de ocorrência de colisões”. Mais de 6.600 motoristas embriagados acabam envolvidos em acidentes fatais todos os anos, causando cerca de 10 mil mortes. Aproximadamente metade desses acidentes são causados por motoristas cujos níveis de álcool no sangue eram iguais ou inferiores a 0,16%. Se essa lei for adotada nesses Estados, os maiores ganhadores talvez sejam os jovens condutores e seus passageiros. Fonte: O tempo.com.br

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