ADAS: saiba o que é e como funciona essa tecnologia
Advanced Driver Assistance Systems – ADAS, ou seja, Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista: você já ouviu falar?
Embora ainda não seja conhecida por todas, a sigla da tecnologia ADAS, que se refere aos modernos equipamentos eletrônicos que auxiliam o condutor na tarefa de dirigir, vem ganhando cada vez mais popularidade no Brasil.
Na prática
Os dispositivos denominados como ADAS têm potencial para possibilitar vários níveis de condução autônoma, dependendo dos demais itens instalados no veículo.
Esses itens, identificados como ADAS usam sensores e câmeras para detectar veículos, ciclistas, pedestres e outros objetos que compõem o cenário do trânsito ao redor dos veículos. Após serem captadas, essas informações são processadas por computadores a bordo com o objetivo de promover as manobras necessárias para garantir a segurança, por meio de alertas para o condutor ou, em situações mais graves, por intervenção na direção.
Tecnologia ADAS no Brasil
No Brasil, alguns automóveis de última geração já contam com equipamentos ainda mais avançados, como câmeras que fazem a leitura de placas de trânsito ou conseguem identificar pedestres em locais sem iluminação, por exemplo.
Já existem, também, os assistentes de manobra, capazes de identificar vagas, calcular se o espaço é suficiente para o carro, além de realizar toda a operação de estacionamento automaticamente.
A Fiat, por exemplo, implantou a tecnologia ADAS na versão de entrada – Audace T200, em seu lançamento, o Fiat Fastback.
Além do conjunto de equipamentos disponível inclui sistema de comutação automático do farol alto, alerta de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Além do ar-condicionado automático, já conhecido pelos consumidores, o modelo traz uma central multimídia com conexão sem fio, que tem dentre os itens, o chamado pacote ADAS.
O que diz o especialista
Conversamos com o diretor executivo da Federação Nacional da Inspeção Veicular – Fenive, Daniel Bassoli Campos, sobre os benefícios para a segurança no trânsito e as perspectivas para que a tecnologia também esteja presente em carros populares.
Acompanhe!
“A grande maioria dos sinistros de trânsito são causados por imprudência ou imperícia. Neste cenário, sistemas que auxiliam o motorista na condução do veículo com segurança são muito bem-vindos. Como exemplo citamos o ABS, a frenagem automática ou detecção de ponto cegos.
A condução autônoma ainda não tem um cenário de aplicação em massa. Isso ocorre devido aos seus custos e recursos de infraestrutura. Como, por exemplo, vias adequadas e disponibilidade de internet. No entanto, há outros sistemas que podem ajudar bastante o motorista no trânsito. O ABS, conjugado com sensores dispostos na dianteira e traseira do veículo, são alguns itens que possibilitam a frenagem de emergência.
Quanto às perspectivas para que a tecnologia esteja presente nos carros mais populares aqui no Brasil, acredito que ainda haja um longo caminho para percorrermos. Ainda parece estarmos longe de ter vias e veículos mais seguros. A segurança viária depende de vários fatores, não só da tecnologia veicular. Ainda, os custos de equipamentos de segurança mais avançados são proibitivos em veículos populares. Mas o Brasil tem feito um bom trabalho na adoção continuada de itens de segurança. Por exemplo, a resolução Contran 954 dispõe sobre aplicação do controle de estabilidade eletrônico nos automóveis. O calendário de aplicação começa a partir do ano que vem.
Por fim, é importante ressaltar que o motorista deve se atentar à manutenção do seu veículo. Sem manutenção, as condições de funcionamento dos itens de segurança ficarão prejudicadas, e, talvez os equipamentos não funcionem em uma situação de emergência”.