Acidentes de trânsito podem causar traumas na coluna
Hábitos como beber e dirigir, andar de moto sem colocar o capacete, e não usar o cinto de segurança podem aumentar as chances destas lesões
Neste período de férias é comum que haja aumento no número de acidentes de trânsito. Muitas vezes, estes acontecimentos originam traumas ou fraturas na região coluna, o que pode ter graves consequências. As lesões mais críticas podem resultar em paraplegia, caracterizada perda da capacidade de movimentação dos membros superiores ou a tetraplegia, quando a capacidade de locomoção dos membros superiores e inferiores é afetada.
Dr. Eduardo Abdala, ortopedista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, explica que há tipos diferentes de traumas na coluna. “A gravidade da lesão depende da intensidade do impacto. Há casos em que o paciente sofre fraturas que não atingem a parte neurológica, há casos em que o tecido neurológico é atingido. Quando isto acontece, as lesões costumam ser mais graves”, esclarece.
O médico acrescenta que, dependendo da região da coluna que é afetada, as consequências das contusões são diferentes. “Quando as fraturas ocorrem na coluna cervical e atingem o tecido nervoso, aumentam as chances de tetraplegia. Fraturas que acontecem abaixo da coluna cervical podem levar à paraplegia. Em geral, quanto mais em baixo é a lesão, menor é a sequela na região nervosa”, afirma.
Dr. Eduardo Abdala ressalta que hábitos como beber e dirigir, andar de moto sem colocar o capacete, e não usar o cinto de segurança podem aumentar as chances de traumas na coluna. “As pessoas devem se lembrar de que o cinto de segurança é fundamental. Além disso, todos precisam tomar cuidado ao mergulhar em piscinas rasas. Quando fazemos isto, podemos bater a cabeça e sofrer fraturas graves na região cervical, o que pode ocasionar a paraplegia”, argumenta.
O especialista alerta que a recuperação de pacientes que sofrem traumas na coluna é delicada. “As pessoas devem prevenir ao máximo este tipo de lesão, já que nem sempre os pacientes que perdem as capacidades locomotivas têm uma recuperação total destas. Além disso, é importante orientar a todos que após um acidente não devemos tentar mover as vítimas. O ideal é que a pessoa fique imobilizada até que o atendimento especializado chegue ao local”, conclui Dr. Eduardo Abdala.
Fonte: Segs