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26 de dezembro de 2024

60% dos motofretistas já sofreram acidentes e trabalham mais de 5 dias na semana


Por Assessoria de Imprensa Publicado 06/08/2021 às 11h12 Atualizado 08/11/2022 às 21h24
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O estudo, sobre os motofretistas, foi realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ao Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran/SP).

Pesquisa motofretistasFoto: Detran/SP

Estudo realizado com exclusividade pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ao Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran/SP) revela que 60% dos motofretistas já sofreram acidentes durante o serviço e 64% trabalham mais de cinco dias na semana.

A pesquisa foi feita durante os dois dias do Pit Stop Motofretista Seguro, realizado nos dias 21 e 22 de julho na Praça Charles Miller, localizada em frente ao estádio do Pacaembu, na capital Paulista. Foi a segunda edição da rede de proteção lançada pelo Governo do Estado de São Paulo e pelo Detran/SP no ano passado, durante a Semana Nacional de Trânsito.

Pesquisadoras da Fipe especialmente treinada para esse estudo realizaram a pesquisa. Ao todo, foram 602 entrevistas.

“O objetivo da pesquisa foi avaliar a satisfação dos motofretistas com seus empregos e verificar suas condições de trabalho. Dessa forma, poderemos dar o devido amparo a uma categoria profissional que tanto tem contribuído com a população durante a pandemia”, destaca Neto Mascellani, presidente do Detran.SP.

Para Luiz Natal Rossi, pesquisador da Fipe que coordena as atividades da parceria entre a fundação e o Programa Motofretista Seguro, o estudo pode corroborar com uma coleta de dados mais ampla. O objetivo seria viabilizar melhores condições de trabalho para esses condutores.

Fonte: Detran/SP

“É preciso analisar que embora seja uma pesquisa preliminar de cunho social, feita com o público muito específico, temos uma amostra da situação de risco que os motofretistas estão expostos. Dos 60% que revelaram envolvimento em acidentes de trânsito, 32% consideraram que foram ocorrências graves”, ressalta Natal.

Dos motofretistas que afirmaram que já se acidentaram, 30% ficaram afastados de seis meses a um ano. E o trabalho de entrega é a principal fonte de renda dos entrevistados. 91% trabalham para aplicativos e 67% trabalham mais de oito horas por dia.

O trabalho informal é outro ponto relevante na pesquisa: 92% não possuem carteira assinada e 58% sequer tem a Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Fonte: Detran/SP

Jairo Pimentel Júnior, pesquisador da Fipe que coordena pesquisas sociais sobre perfil sócio-econômico e condições de trabalho dos motofretistas, reforça que, embora a maioria tenha uma jornada de mais de oito horas por dia, os entrevistados gostam do que fazem.


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“Temos um resultado que 66% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho de motofretista. Mais importante do que a quantidade de dias, a jornada em horas parece se mostrar mais relevante para aumentar ganhos. E quem considera que tem bons ganhos estão mais satisfeitos, mesmo se trabalharem até cinco dias da semana”.

Fonte: Detran/SP

Acidentes envolvendo motociclistas no Estado

De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo registrou aumento de 6,9% entre janeiro a junho de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 38.924 ocorrências ante 36.420 em 2020.

Já acidentes fatais envolvendo motos, foram 148 óbitos no primeiro semestre de 2021 e 146 nos seis primeiros meses de 2020 (aumento de 1,3%).

As informações são do Detran/SP

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