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22 de novembro de 2024

A POLUIÇÃO VEICULAR afeta o DESEMPENHO ESCOLAR das CRIANÇAS…


Por ACésarVeiga Publicado 09/04/2019 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h12
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Emissão de poluentes no trânsitoFoto: Pixabay.com

Vou aproveitar o movimento favorável do pêndulo chamado “informação”, e reafirmar o que todo mundo deveria saber:

– As substâncias emitidas pelos veículos automotores são prejudiciais ao sistema respiratório e podem provocar sérios danos ao cérebro, além de outros malefícios.

E não desejando criar um pânico horroroso, afirmo que estudos recentes mostram que a poluição urbana pode ter efeitos irreversíveis sobre certas capacidades, tais como aquisição de vocabulário, tempo de reação e até mesmo sobre a nossa inteligência…

…o que é o suficiente para no futuro ocasionar queda no desempenho escolar e nas “notas” em testes simples. (Uma verdadeira “arapuca” social)

Os estudos revelam que a maioria destes poluentes urbanos começam seus efeitos durante a gravidez, quando ainda estamos no útero da nossa querida, idolatrada, insubstituível e amada “mother”(“mãe” em inglês)… (risos)

A maior parte dos poluentes são os conhecidos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos – “HPAs”, oriundos principalmente das emissões de motores de veículos automotivos…especialmente dos carros e caminhões movidos a gasolina, a GNV e o a óleo diesel.

E para que você perca a elegante paciência de vez, saiba que muitos dos “HPAs” e/ou seus derivados são potencialmente carcinogênicos e ou/ mutagênicos.

Os efeitos da contaminação destes “HPAs” sobre o coeficiente intelectual das crianças é similar aos diagnosticados em crianças expostas a níveis baixos de “chumbo”…

…“chumbo” que é extremamente nocivo para o sistema nervoso. E consultando seu juiz – que deveria ser você mesmo, vou perguntar:

– Você sabe que o coeficiente intelectual é um determinante importante do futuro sucesso escolar? Se a resposta foi “sim”, creio não ser o paraíso, mas é quase. Apesar de ainda precisar de estudos complementares para ser validada, a evidência é forte o bastante para sugerir que a poluição pode afetar de maneira significativa o desempenho escolar das crianças – e que o perigo dos agentes poluidores urbanos é ainda maior do que se pensava…

…confesso que meu lastro teórico para essa discussão é ainda bastante limitado! Outro problema é que a poluição faz com que os alunos tenham maior risco de doenças, o que favorece o “absenteísmo escolar” (que é a ausência não justificada de estudantes nas escolas), assim como o “desempenho/aprendizagem” que torna-se inferior (mesmo quando levando-se em conta outros fatores que também afetam o desempenho escolar)…

…sou conhecedor de que uma única resposta para um problema é por vezes arriscada, já que a abrangência pode incorrer em superficialidade ou em banalização, mas encontro-me no dever de “alertar” as variáveis de uma questão importantíssima que é a Educação dos alunos na sociedade.

A poluição do ambiente urbano torna as crianças mais propensas ao risco de doenças ( Ex: rinite alérgica, asma, bronquite, pneumonia, alergias diversas na pele… ) que favorece também o “absenteísmo”, pois também causam aumento nas internações hospitalares favorecendo o “não comparecimento” à Escola por parte destes alunos…

…vejam que a sociedade está sendo exposta a todas as tempestades e ventos contrários. E no meio dessa “mixórdia”, hasteio a bandeira preta e como papagaio linguarudo, informo aos amantes da “estatística” que entre 2004 e 2006 (segundo a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo), mais de 81.033 crianças foram internadas por doenças respiratórias, sendo que em 20.449 dos casos (25,2%), o diagnóstico apontou a relação do problema com a poluição atmosférica.

Outro poluente nefasto é o “material particulado” (MP) emitido principalmente pela combustão do “óleo diesel”; ele está associado ao risco de aumento da ansiedade (refere-se ao nervosismo ou desconforto em situações do cotidiano)…

…e a ansiedade esta relacionada à diminuição da “produtividade escolar” entre outros sintomas. Estamos acostumados a ouvir palavras mal disfarçadas, que vão acumulando silêncios, cada um tomando naturalmente o rumo de seus próprios interesses e ignorando os outros com tanta determinação quanto indiferença. Somos ao mesmo tempo tão livres, mas impotentes…

… e esse vaivém violento e compassado de desinformação se confunde aos poucos com essa insensatez tão variada que é a própria vida…

…uma espécie de repugnância enjoativa. Mas não gostaria de existir preso nas “garras” de uma existência “monótona e decepcionante”…

… e assim, saindo inteiramente sob o signo da marginalidade social, gostaria de dar início a uma espécie de contradança interessante, entre o desejar e o sugerir…

… e num toma-lá-dá-cá ininterrupto, quem sabe se pudéssemos:

– incentivar a utilização de modais que poluam menos;

– avançar tecnologicamente para reduzir a emissão de poluentes veiculares;

– com urgência apostar na utilização de transportes coletivos e sustentáveis;

– possuir um sistema de saúde pública eficiente;

– alcançar melhores políticas públicas ambientais para as cidades; – vivenciar uma inspeção veicular eficaz e efetiva;

– reduzir a exposição do cidadão aos poluentes, evitando o caminhar, correr ou andar de bicicleta em vias de movimentos de veículos (informando através de placas indicativas).

– adquirir um sistema de controle da poluição ambiental urbana (unidades de monitoramento espalhadas pela cidade);

– contar com uma participação consistente e responsável da “mídia”;

– entre outros.

Mas enquanto os controles de emissões, a vontade do poder público e as políticas ambientais não originam um efeito significativo sobre os níveis de poluentes relacionados ao tráfego urbano, a alternativa é expor o mínimo possível nosso cérebro e o de nossos filhos…

… tipo aquele “voo solo”, em que está somente você e Deus. Sem sombra de dúvida, somos um dos espectadores dessas situações cotidianas, mas não temos a curiosidade de entrar nos bastidores… …permanecemos na plateia, como os outros, unanimemente contra as atitudes “antissociais”, porém muito ocupados com “nós” mesmos.

Se você quer mudanças, elas não deveriam acontecer somente com palavras, mas por atitudes… … esteja inteiro em cada coisa que você faça. O desenvolvimento urbano está acoplado ao ambiente daquele contexto…

…pense, como pode haver desenvolvimento urbano sem saneamento básico, saúde e ambiente “sadio” para o seu cidadão? Então, saia da “jaula” que prende o seu “bom senso”…

… e abandone esse velho e rançoso pensamento de “não participar”, quando lhe é dado este papel definitivo e banal para representar…

…e saiba que você representa até com certa “altivez” um Sol pálido e triste que de vez em quando, espia pelas nuvens escuras.

Abraços…

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