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26 de dezembro de 2024

Os protestos, a corrupção e o trânsito. O que tudo isso tem a ver?


Por Mariana Czerwonka Publicado 19/08/2015 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h31
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Corrupção no BrasilEstamos indignados. Saímos às ruas. Batemos panelas. Por quê? Por causa da corrupção que assola nosso País? Por causa do mau uso do dinheiro público? Por causa dos nossos políticos que parece que estão cada vez mais sem vergonha? Sim, por tudo isso. Mas digo para vocês, isso é pouco.

Deveríamos nos revoltar quando vemos um espertinho de motocicleta burlando a lombada eletrônica, um filhinho de papai subornando um policial para se safar de uma punição, um pai furando a fila de veículos da escola para chegar mais rápido ao seu destino, um cidadão que bebe todas e depois pega o carro colocando a vida de todos em risco. Mas infelizmente parece que essas coisas não tocam a sociedade como deveriam.

E o pior, o cerne da questão é o mesmo. Não adianta eu ir lá gritar que basta de corrupção, mas quando estaciono para ir ao banco rapidinho, coloco o meu carro na vaga exclusiva para deficientes ou idosos. Isso está certo? Não, o problema é cultural no Brasil. O trânsito parece ser o lugar em que realmente mostramos quem somos.

Vamos destituir um governo para colocar qual no lugar? Existe alguma saída brilhante? Não, não existe.  Já ouvi falar que a única solução seria o surgimento de uma nova civilização após a queda de um meteoro no Brasil.

Devemos, por isso, nos acomodar e aceitar? Não, não devemos. Porém, temos que dar o exemplo. A corrupção e a “esperteza” deveriam ser a exceção, e não a regra. No Brasil, infelizmente a exceção são aqueles que cumprem às regras, pagam seus impostos e trabalham honestamente.

Vamos lutar. Não vamos desistir. Mas, vamos lutar pelos nossos ideais, vamos começar transformando o nosso espaço, o mundo em que vivemos, aquilo que alcançamos. Eu estou fazendo a minha parte, lutando por um trânsito mais seguro, pela convivência com pessoas mais educadas e que pensam no outro e pela grandeza do povo brasileiro. Eu ainda acredito!

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