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26 de dezembro de 2024

Tecnologia: a perfeição leva tempo?


Por Rodrigo Vargas de Souza Publicado 28/05/2020 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h03
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Veículos autônomosFoto: Divulgação Mercedes Bens.

Nessa semana, me preparava para uma palestra para uma construtora. Obviamente que, devido à atual pandemia, virtualmente. Durante os preparativos, no auge das lives que se disseminaram através da internet, refletia sobre as possibilidades que a tecnologia tem nos proporcionado nos últimos anos. Quem imaginaria, em meados dos anos 80 ou 90, que um dia teríamos a capacidade de termos uma reunião, um treinamento ou uma palestra com alguém, mesmo estando do outro lado do mundo, através de dispositivos que cabem na palma da mão? A não ser, é claro, nos filmes de ficção científica da época…

A tecnologia tem evoluído em velocidade exponencial, fazendo com que ferramentas como essa, que um dia foram imaginadas apenas no âmbito cinematográfico, tornem-se hoje realidade. Essa evolução, no que diz respeito ao trânsito, tem influência direta, sobretudo quando o assunto gira em torno de um tema que já dediquei diversos artigos: veículos autônomos.

Recentemente, tive o prazer de contatar via redes sociais o consultor Sebastião Souza, que me agraciou com um excelente material em alusão ao Maio Amarelo. Um deles, que refere-se ao uso de celular ao dirigir, toca nesse exato ponto:

Eis que, ao compartilhar o vídeo em um dos grupo que participo nas redes sociais, eu recebo o seguinte comentário de um seguidor:

É inevitável a chegada dos autônomos, mas a perfeição vai levar um bom tempo. Eu não confio hahahaha

Deixo aos amigos leitores o mesmo questionamento que fiz ao caro seguidor: será que mais tempo do que nós, seres humanos, levaremos pra chegar à perfeição? É bem provável que enfrentemos alguns percalços, que acidentes aconteçam, que vidas se percam durante esse processo de aperfeiçoamento da máquina.

O que não me parece motivo suficientemente plausível para defendermos que continuemos a perder essa quantidade exorbitante de vidas no trânsito. Pelo menos até que aconteça algo que, no meu humilde ponto de vista, se não ocorreu até o presente momento, muito provavelmente nunca irá ocorrer: evoluirmos em educação e consciência ao ponto de termos um trânsito harmônico, seguro e civilizado. Diferentemente da tecnológica, essa perfeição sim levará muito tempo.

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