Instrutores de trânsito: formação para um trânsito melhor
Os instrutores de trânsito são responsáveis por formar os condutores para um trânsito melhor. E a formação desse profissional, como anda?
Questões importantes para refletir: já se perguntaram por que decidiram fazer o curso de formação de instrutores? Era o seu desejo mesmo ou foi uma escolha aleatória, como uma opção para ter uma profissão?
Alguns, dizem que, o curso de formação precisaria ter uma carga horária maior. Outros acham que bastariam as horas de prática de direção e, quem sabe, estágio supervisionado.
O que é importante observar é: se foi feita a opção por uma profissão, é preciso, antes até de fazer o curso, buscar informações a respeito. Não só sobre o mercado de trabalho, mas sobre o que compete àquele profissional, o que se espera dele e quais as suas responsabilidades ao assumir aquela profissão.
Os instrutores de trânsito são responsáveis por formar os condutores que, após concluído todo o processo da primeira habilitação, estarão nas ruas, dirigindo um veículo, contribuindo para um trânsito melhor, menos violento, mais seguro ou, para um trânsito mais caótico, mais violento.
O que falta na formação profissional, na grande maioria das vezes é desenvolver a percepção de risco, a cultura da prevenção para que, contribuam de forma significativa para interromper o ciclo de violência no trânsito, do qual, muitas vezes já fazem parte.
O processo de formação de condutores é falho?
Precisa melhorar muito. Uma grande contribuição para isso é começar com uma revisão séria do processo de formação de instrutores. Certamente, a habilitação de condutores também será aperfeiçoada.
Infelizmente temos maus exemplos de profissionais que se negam a usar determinado material didático porque teriam que estudar mais, o que resultaria em mais trabalho. Por outro lado, a grande maioria dos CFCs e instrutores que prezam pela qualidade, buscam sempre oferecer o que há de melhor para a formação dos candidatos à primeira habilitação que estão sob a sua responsabilidade.
Será que a carga horária teórica precisa ser maior?
Para que servem as disciplinas teóricas dos cursos de formação se os conceitos propostos pela direção defensiva, por exemplo, não forem incorporados ao comportamento dos instrutores, daqueles que formam os futuros condutores? De que adiantaria então, aumentar a carga horária dos cursos?
Os dois processos, formação de instrutores e formação de condutores, estão intimamente ligados. Por isso, aumentar a carga horária, de nada vai servir se a qualidade não for encarada como objetivo primordial na formação de ambos.
Há escolas que se dedicam à formação de instrutores e na atualização desses profissionais de forma séria e competente. Assim como há CFCs que se dedicam a habilitar condutores melhores e mais comprometidos. Contudo, como em todas as áreas, temos o oposto, aqueles que se importam apenas com a quantidade e não se preocupam em buscar a qualidade, a excelência.