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Punição para quem mata no trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 30/07/2010 às 03h00
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Hoje li essa pergunta em algum jornal e comecei a refletir. Há punição no Brasil para quem mata no trânsito? Não vou responder prontamente. Vou levantar alguns pontos para podermos discutir mais sobre o assunto: – Na grande maioria dos casos, os homicídios no trânsito são considerados culposos (sem intenção de matar) e as pessoas no máximo recebem como pena doação de cestas básicas, etc. – Motoristas que bebem antes de dirigir, ou que praticam os famosos “rachas”, ou ainda que ultrapassam em locais não permitidos, e mais, aqueles que não realizam a manutenção do veículo e numa hora crucial, o freio falha…podemos dizer que eles não tem intenção de matar, mas não estariam assumindo o risco? Fica muito difícil misturar conceitos e definições do Direito, mas falemos na prática: para as pessoas que ficam, aqueles que perdem familiares vítimas de acidentes, não parece muita injustiça ver os “mentores” destas tragédias ficarem impunes? Hoje em dia não tem mais nenhuma desculpa. Os condutores que pegam um carro, conhecem os riscos, as regras do jogo, as responsabilidades que assumem. Querendo ou não, a partir do momento que temos a CNH a vida de outras pessoas pode estar em nossas mãos. Cada um é responsável por si mesmo e pelos outros ao mesmo tempo. O condutor do veículo é quem, muitas vezes, está no comando. Claro que isso não isenta o condutor defensivo de sofrer um acidente, mas o coloca numa posição privilegiada, pois ele enxerga mais os perigos e tem um tempo maior para conseguir evitá-los. Faço então, a mesma pergunta que a Êrica fez no post anterior…até quando vamos ver tragédias como a que aconteceu com o filho da atriz Cissa Guimarães acontecerem no Brasil? Ou mesmo como a que tirou a vida de Bruna Gaeski em janeiro de 2004? Ou aquela que levou Thiago Gonzaga em 1995? Ou ainda Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida no ano passado? Se eu for citar cada nome, não caberia aqui…e muitos ainda nem temos conhecimento, pois aparecem nas estatísticas apenas como números. Temos que dar um basta na impunidade. E mais importante, levar a sério a educação no trânsito. Se todos tiverem consciência de seus atos, muitas histórias tristes poderão não ser contadas e muitas vidas poderão ser poupadas. Parece uma reflexão superficial e genérica. Mas não é. Ela é apenas simples. Porém, está provado que é muito mais difícil colocá-la em prática do que parece. É o que dizem por aí, a vida é fácil, o ser humano é que complica.

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